quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Campeonato ruim

O atual formato do Campeonato Mundial de Clubes está perto do fim. A edição de 2021, a ser jogada no final do ano, talvez seja a última. Em 2022, a Fifa poderá estrear a competição numa nova fórmula, com 24 clubes, e periodicidade de quatro anos, substituindo a Copa das Confederações, uma disputa entre seleções que nunca se firmou inteiramente. O encerramento da edição de 2020, ocorrido hoje, mostrou porque o atual formato de esgotou. A disputa envolve os campeões de cada confederação e o do país sede. Aí já reside o primeiro erro. Não há porque o campeão do país que sedia a competição participar dela, ainda mais em locais pouco relevantes no contexto do futebol, como Catar, caso desse ano, e Marrocos, por exemplo. A enorme superioridade do representante europeu sobre os demais participantes também retira atratividade da competição. Hoje, a confirmar essa condição, o Bayern de Munique conquistou o título vencendo o Tigres, do México, por 1 x 0, com um gol irregular. O clube alemão ganhou sem maior esforço, com uma atuação protocolar, da mesma forma que fizera nas semifinais, quando derrotou o Al Ahly, do Egito, por 2 x 0. Pela ótica do futebol sul-americano, o Mundial de 2020 foi ainda pior. Pela primeira vez, o campeão da Libertadores não ficou entre os três primeiros colocados. O Palmeiras, na decisão do terceiro lugar, empatou em 0 x 0 com o Al Ahly, e perdeu por 3 x 2 nos tiros livres da marca do pênalti. Ficou apenas em quarto lugar numa competição de baixo nível técnico. Foi um campeonato ruim, que não vai deixar saudade em quem o assistiu.