terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Beleza desfigurada

O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro é um dos mais belos e fascinantes espetáculos da Terra. Em 2017, no entanto, o que se assistiu na Marquês de Sapucaí foi uma beleza desfigurada. As escolas mostraram-se lindas e luxuosas, como sempre, mas dois acidentes com carros alegóricos, um em cada noite de desfiles, marcharam o brilho da festa. Os acidentes com os carros da Paraíso do Tuiuty, no domingo, e da Unidos da Tijuca, na segunda-feira, deixaram vários feridos, alguns em estado grave. A imagem de organização impecável dos desfiles na Sapucaí ficou abalada. Ficou evidente que a construção dos carros alegóricos, e sua revisão antes que entrem na avenida, é deficiente. Para 2018, o Inmetro deverá estabelecer critérios rígidos a serem observados na montagem dos carros, o que é uma ótima providência. Daqui por diante, espera-se que os desfiles na Sapucaí sejam marcados apenas pelo encanto que lhe é próprio, sem espaço para momentos de dor e aflição.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A incrível falha do Oscar

A cerimônia do Oscar, ontem em Los Angeles, estava chegando ao seu final, com a entrega do prêmio de melhor filme, quando ocorreu um erro surpreendente numa festividade organizada com rigor e profissionalismo. O envelope entregue aos apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway, não era o correto, o que levou a que fosse anunciado "La la land" como o vencedor da categoria. O erro foi constatado e, então, foi anunciado o verdadeiro vencedor, "Moonlight". A incrível falha do Oscar, é claro, repercutiu no mundo inteiro. Como se pode explicar um erro tão grotesco na festa de entrega do maior prêmio do cinema mundial? O Oscar de 2017 teve vários pontos a serem destacados, premiações justas e outras nem tanto, mas tudo ficou obscurecido pelo "mico" no final. Seria bom que os organizadores do Oscar apresentassem uma justificativa oficial para o ocorrido. Afinal, o Oscar é assistido por milhões de pessoas no mundo inteiro. Elas merecem uma explicação para um fato tão bizarro.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Deveres cumpridos

As vitórias de Grêmio e Inter, ontem, pelo Campeonato Gaúcho, são deveres cumpridos, tão somente. Em Gravataí, o Grêmio venceu o Cruzeiro por 2 x 0, mas poderia ter saído atrás no placar se Marcelo Grohe não tivesse defendido a cobrança de um pênalti inexistente marcado pelo árbitro. Até esse momento, o Cruzeiro se mostrava melhor em campo. O jogador Lucao, do Cruzeiro, no entanto, acabaria comprometendo decisivamente o seu time. Afora ter desperdiçado a cobrança do pênalti, foi expulso aos 40 segundos do segundo tempo, quando o Grêmio já ganhava por 1 x 0. Só a partir do primeiro gol, num belo chute de Bolanos, é que o Grêmio se mostrou mais á vontade em campo. O Grêmio venceu, mas ainda está devendo uma atuação convincente. O mesmo se pode dizer do Inter, que venceu o Brasil de Pelotas por 1 x 0, no Beira-Rio. Foi a primeira partida ganha pelo Inter no campeonato estadual. Vencer, portanto, era inadiável, mas o resultado foi o que o jogo teve de melhor. A atuação do Inter deixou a desejar, o que resultou num placar magro sobre um adversário modesto. Grêmio e Inter chegarão ao Gre-Nal do próximo sábado sem terem mostrado um futebol que atenda às exigências dos seus torcedores. Como o jogo será na Arena, o Grêmio tem um leve favoritismo, mas ambos precisam evoluir bastante para chegar a um nível de futebol satisfatório.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A glória efêmera do futebol

O futebol vive de resultados. Não há trabalho, por melhor que seja, que se sustente num conjunto de derrotas. A glória efêmera do futebol acaba tão logo os tropeços comecem. Ao contrário do que sustentam alguns, isso não é uma característica brasileira. A demissão do técnico do Leicester, Claudio Ranieri, ocorrida essa semana, prova que os europeus também interrompem trabalhos em função de maus resultados. Ranieri conduziu o Leicester a um inédito título de campeão inglês na temporada 2015/2016, e foi escolhido pela Fifa o melhor técnico do mundo nesse período. No entanto, no atual campeonato inglês, o Leicester está apenas um ponto acima da zona de rebaixamento. A queda abrupta de rendimento de uma temporada para a outra levou á demissão de Ranieri. Ela impactou muitas pessoas, que a tomaram como uma injustiça. Talvez seja, mas o futebol não vive de feitos passados, ainda que sejam recentes. Ranieri fez um trabalho brilhante no Leicester e inscreveu seu nome na história do futebol. Porém, não conseguiu repetir o desempenho na temporada seguinte. A sucessão de maus resultados fizeram com o que o Leicester resolvesse dispensa-lo ainda que seu contrato fosse até 2020. A simpatia de Ranieri e o feito incrível que realizou não serviram como blindagem para ele. No futebol, não se sobrevive às derrotas.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Duas vitórias em 24 horas

Os absurdos do calendário do futebol brasileiro fizeram com que Criciúma e Inter jogassem hoje no Heriberto Hulse pela Primeira Liga depois de terem realizado partidas no dia anterior pela Copa do Brasil. Obviamente, até por impedimento legal, nenhum jogador que tenha atuado na véspera entrou em campo hoje. Para o Inter, no entanto, houve um aspecto positivo com esse acúmulo de jogos, pois obteve duas vitórias em 24 horas. Ainda que tenha jogado com um time descaracterizado, o fato de ter ganho dois jogos em tão curto espaço de tempo servirá para desanuviar o ambiente do clube, que já estava tomado por pressões em função dos resultados pouco animadores no Campeonato Gaúcho. O Inter venceu o Criciúma por 3 x 1, de virada, e alguns jovens tiveram chance de mostrar o seu futebol para o técnico Antônio Carlos Zago. Com o resultado, o Inter, que já havia se classificado para a próxima fase da Primeira Liga, garantiu, também, o primeiro lugar no seu grupo na competição. Até aqui, a semana tem sido positiva para o Inter. Resta saber se essa tendência prosseguirá contra o Brasil de Pelotas, sábado, no Beira-Rio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Alívio temporário

Era preciso vencer, e o Inter conseguiu. A pressão já estava grande sobre o técnico Antônio Carlos Zago, em função dos maus resultados, ainda que o ano só esteja começando. Ao golear o Oeste de Itápolis (SP) por 4 x 1, hoje, no Beira-Rio, pela Copa do Brasil, o Inter obteve um alívio temporário. Pelo menos até o próximo jogo, contra o Brasil de Pelotas, válido pelo Campeonato Gaúcho, o trabalho irá transcorrer com maior tranquilidade. O campeonato estadual, por sinal, tem sido o calcanhar de Aquiles do Inter até aqui, pois em quatro jogos não ganhou nenhum. Na Copa do Brasil e na Primeira Liga os resultados tem sido bons, ainda que o desempenho não entusiasme. Porém, nem tudo é ruim no Inter, pois um jogador tem sido uma grata surpresa. Brenner, que chegou lesionado ao Inter em 2016, desandou a fazer gols e garantiu sua titularidade, um fato que ninguém esperava. Pena que, por ter sido expulso contra o Passo Fundo, ele não possa jogar contra o Brasil. Seja como for, Brenner é a primeira boa notícia do Inter num ano que já iniciou muito conturbado para o clube.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Um país entregue á própria sorte

O Brasil é um país entregue á própria sorte. Desde que foi desferido o famigerado golpe do impeachment contra uma presidente legitimamente eleita, o país se tornou um barco à deriva. A indicação, aprovada pelo Senado, de Alexandre de Moraes par uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal é um exemplo claro desse quadro. Moraes não tem isenção para exercer a função, pois, até poucos dias, era o ministro da Justiça do governo Temer. O Supremo Tribunal Federal, por sinal, vem se especializando em tomar atitudes vergonhosas. A mais recente foi blindar o ex-presidente José Sarney da ação da Operação Lava-Jato. A cada dia, várias notícias desastrosas, vindas do governo golpista, chega ao conhecimento da opinião pública. O estranho é que setores da população muito ativos nos protestos em favor do impeachment agora estão parados diante do caos que tomou conta do país. O Brasil caminha, aceleradamente, para o abismo. O desmonte do Estado brasileiro prossegue, sem que as pessoas reajam. O mês de outubro de 2018, quando ocorrerá a eleição para presidente, ainda está muito distante. O governo é ilegítimo e tem muito baixa popularidade. Não pode prosseguir. A melhor solução seria antecipar a eleição, convocando-a imediatamente. Porém, com um Supremo Tribunal Federal que colaborou com o golpe, a perspectiva de que isso aconteça é inexistente. O Brasil está sendo vítima de um conluio entre os setores mais reacionários de sua sociedade. Deter esse processo é imprescindível e inadiável.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Boas medidas

Duas boas medidas foram anunciadas hoje em reunião na CBF para tratar do próximo Campeonato Brasileiro. A venda de mandos de campo foi proibida, e a utilização da grama sintética também. No caso desse último item, será concedido ao Atlético Paranaense, único clube a utilizar grama sintética no seu estádio, um período de transição, mas, a partir do Brasileirão de 2018, ela estará proibida. As duas medidas são dignas de aplauso. A venda de mandos de campo descaracteriza o equilíbrio técnico, que é a principal virtude dos campeonatos de pontos corridos. A grama sintética também interfere no equilíbrio técnico, já que só um clube a utiliza, sem contar o fato de que ela aumenta a possibilidade de lesões nos jogadores. O Flamengo, alegando ser um clube de apelo nacional e de que a medida irá inviabilizar estádios construídos para a Copa do Mundo ficou contra a proibição da venda de mandos de campo, mas foi voto vencido. Ainda bem. Se foram construídos estádios em praças onde o futebol é pouco expressivo isso não é culpa dos clubes, e não cabe a eles se preocuparem com isso. As duas medidas tomadas hoje contribuem para que a principal competição do futebol brasileiro possa se ombrear com as suas principais congêneres no mundo.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Sem progressos

A campanha do Inter no Campeonato Gaúcho é muito ruim. Até agora, em quatro jogos, o Inter ainda não venceu, e seu futebol se mostra sem progressos. O empate em 1 x 1 com o Passo Fundo, no Vermelhão da Serra, hoje, foi particularmente doloroso para o torcedor do Inter. Afinal, o Inter saiu atrás no placar, encontrou forças para virar o jogo, mas acabou cedendo o empate com um gol contra, aos 48 minutos do segundo tempo. vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Melo, disse que o Inter não está tendo desempenho nem resultados. Vinda do homem que chefia o departamento de futebol do Inter, a frase pode indicar que o técnico Antônio Carlos Zago já esteja balançando no cargo. O ano está só começando, e o Inter está fazendo várias contratações. Os resultados, no entanto, são imperativos. Se o Inter continuar com tantos tropeços, Antônio Carlos Zago poderá ser demitido antes mesmo da estreia no Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, o grande objetivo do Inter em 2017.

Castigo merecido

Um castigo merecido. Dessa forma pode ser definido o empate do Grêmio em 1 x 1 com o São José, hoje, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho. O Grêmio fazia mais uma atuação modesta, a exemplo do que ocorrera, também em casa, contra o Passo Fundo. Depois de um primeiro tempo insosso, o Grêmio abriu o placar aos 17 minutos do segundo. A partir daí, tentou segurar o resultado, e acabou punido com o empate no final do jogo. A verdade é que o Grêmio está jogando pouco. Sua campanha no campeonato estadual está longe de ser satisfatória. No único jogo que realizou fora de casa, contra o Caxias, foi derrotado. Na Arena, depois de duas vitórias, teve, hoje, o seu primeiro tropeço. A colocação do Grêmio na tabela da competição, em terceiro lugar, não está a altura da grandeza do clube. A torcida tem motivos para ficar muito preocupada. Sem contratações de alto nível, o Grêmio nada poderá aspirar em 2017.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Os cem anos de uma revolução que mudou o mundo

Há cem anos, na data de hoje, tinha início a revolução bolchevique. Seus efeitos se fariam sentir pelas sete décadas seguintes. Não cabe, no seu centenário, analisar os meandros de sua trajetória, seus erros e acertos. O que deve ser destacado é o ideal que moveu a eclosão do movimento. O que se buscava era um mundo com mais justiça e paz. A União Soviética legou para a história um país sem desemprego, sem a miséria tão presente nos tempos do império, educação e saúde gratuitas para toda a população, ausência de inflação. O fim da Revolução Russa não significa a morte dos ideais que lhes inspiraram. O humanismo e igualitarismo que caracterizaram os seus primeiros tempos são aspirações permanentes dos povos. Num momento em que o mundo se depara com a prevalência de ideias retrógradas e injustiças crescentes contra os menos favorecidos, os ideais humanistas mostram-se mais atuais e necessários do que nunca. Enganam-se os que pensam que o fim da União Soviética representou o triunfo definitivo do capitalismo. O sonho de se construir um mundo humano e fraterno é atemporal, e seguirá sendo acalentado em contraponto à desigualdade perversa do capitalismo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A coragem de Raduan Nassar

Um dos maiores escritores brasileiros vivos, Raduan Nassar não deixou por menos ao se pronunciar na cerimónia em que foi agraciado com o Prêmio Camões. Nassar disse que o Brasil vive tempos sombrios, e qualificou o impeachment da presidente Dilma Rousseff como um golpe. A coragem de Raduan Nassar é um exemplo para todos os intelectuais brasileiros. Cabe a eles se pronunciar, vigorosamente, contra um governo ilegítimo e carregado de demofobia. O ministro da Cultura, Roberto Freire, rebateu as colocações de Nassar de forma grosseira, e foi vaiado pelos presentes. Após o episódio, o governo federal tentou, mais uma vez, imputar a culpa de uma manifestação contrária nas costas do PT. Ao contrário do quer fazer crer o governo, as vaias contra Roberto Freire não foram fruto de uma ação orquestrada. Foi a reação natural de quem ouviu grosserias vindas de um membro do governo golpista contra um renomado escritor. Tomara que o pronunciamento de Nassar não seja um fato isolado, e que sirva de inspiração para a luta pela restituição da normalidade democrática no Brasil.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Cartas marcadas

O julgamento de hoje no TJD da Federação Gaúcha de Futebol escancarou algo que já acontece há muito tempo, ou seja, que a instituição que deveria reger equanimemente a modalidade no Rio Grande do Sul, é um feudo do Inter. Não bastassem os árbitros e seus "erros humanos", que sempre beneficiam o Inter, o TJD é um órgão que julga em desacordo com os fatos, sempre no intuito de impedir que o clube sofra qualquer penalização mais forte. Diante das cenas de selvageria que foram vistas em Veranópolis, protagonizadas por duas torcidas do Inter, a imputação ao clube de uma pena pecuniária de baixo valor, sem perdas de mandos de campo, é um acinte. No âmbito da Federação, a administração do futebol é um jogo de cartas marcadas, que tem o Inter como único beneficiário.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Desempenho preocupante

Como era esperado por todos, o Inter estreou na Copa do Brasil vencendo o Princesa do Solimões, e se classificou para a próxima fase da competição. Porém, mesmo tendo vencido por 2 x 0, o Inter teve um desempenho preocupante, capaz de tirar o sono do seu torcedor. O primeiro tempo ficou no 0 x 0, e o modesto Princesa do Solimões ainda foi prejudicado com a não marcação de um pênalti escandaloso a seu favor. Os gols só saíram no segundo tempo, marcados por jogadores que começaram a partida no banco de reservas, Valdivia e Brenner. O Inter apenas cumpriu com sua obrigação, diante de um adversário que não entrava em campo, oficialmente, desde outubro, e que abriu mão de jogar em casa, transferindo a partida para Cascavel, no interior do Paraná, um reduto de gaúchos, em troca de uma quantia em dinheiro. O clube amazonense mostrou bravura e aplicação em campo, mas o prejuízo causado pela arbitragem quando o jogo ainda estava com o placar em branco, e suas limitações técnicas e físicas, não lhe permitiram melhor sorte. Para o Inter, fica a certeza de que o caminho até que consiga apresentar um futebol convincente será muito longo e penoso.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Decadência

O desempenho do Barcelona na temporada 2016/2017 já não repetia os de anos anteriores, mas a goleada de 4 x 0 sofrida para o Paris Saint Germain, hoje, no Parc de Princes, pela Champions League, parece indicar algo mais que uma simples queda de rendimento. Sensação do futebol mundial nos últimos anos, o Barcelona pode estar em decadência. O trio MSN, Messi, Suarez e Neymar, está produzindo menos. Messi, nos dois últimos anos, perdeu a eleição de melhor jogador do mundo para Cristiano Ronaldo. Neymar não tem conseguido fazer gols. Só Suarez tem mantido a sua regularidade. Alguns jogadores como Busquets e Iniesta acusam o desgaste dos muitos anos de continuidade no time. No futebol, é difícil um time obter um ciclo vitorioso que seja muito longo. Com a atual base de time, o Barcelona, provavelmente, atingiu o seu limite. A partir da próxima temporada, o Barcelona terá que mexer mais na sua fotografia, para tentar retomar sua condição de melhor time do mundo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A volta da pobreza

Crises políticas geram consequências danosas bem maiores que o simples embate ideológico. Os que mais perdem são os menos favorecidos na pirâmide social. O golpe que destituiu uma presidente legitimamente eleita e colocou no poder um bando de corruptos já está apresentando a sua conta, com a volta da pobreza para 3,6 milhões de brasileiros. Sim, esse contingente de pessoas que haviam sido resgatadas da penúria pelos governos de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e tido acesso a recursos e confortos que antes lhes eram vedados, retornaram á sua condição anterior. Essa é uma consequência direta da demofobia implantada pelo governo golpista. Um governo ilegítimo, sem compromisso com eleitores, pois não recebeu um único voto. O país está vivendo o maior retrocesso político da sua história. A associação dos interesses do grande capital com a escória política brasileira está destruindo conquistas dos trabalhadores construídas ao longo de décadas. A despolitização e a imbecilidade de amplos setores da classe média brasileira, que saiu às ruas para pedir o golpe, estão levando o Brasil para o abismo. O pior é que essa mesma classe média também será duramente atingida pelas medidas do governo golpista, com perdas de direitos trabalhistas e previdenciários. O mais espantoso é que, ainda assim, esses grupos não manifestem arrependimento pela atitude que tomaram. Será que é por vergonha, ou por que são tão estúpidos que ainda não perceberam o desastre que causaram? As ruas continuam vazias, e não se ouvem panelas sendo batidas. Até quando os apoiadores do impeachment permanecerão em silêncio enquanto são levados para o cadafalso? Está na hora deles voltarem às ruas para se somarem a todos os que querem a restituição da ordem democrática no Brasil.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Pouco futebol

A reabilitação do Grêmio, após duas derrotas, era imprescindível, e ela aconteceu. O Grêmio venceu o Passo Fundo por 1 x 0, hoje, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho, resultado que o deixou na liderança provisória da competição. No entanto, o Grêmio mostrou pouco futebol. O único gol do jogo aconteceu nos acréscimos do primeiro tempo. Um golaço de Ramiro. Porém, o Grêmio fez pouco mais do que o gol. O resultado só não foi ameaçado porque o Passo Fundo foi tímido no ataque e, no final do jogo, mostrou falta de preparo físico. Bolanos teve boa atuação, mas o restante do time deixou a desejar. Leonardo Moura apresentou um desempenho pálido. Jailson ainda não demonstrou que pode substituir Walace. Luan, mais uma vez, esteve apagado. Se tem ambição de ganhar títulos em 2017, o Grêmio terá de acrescentar reforços tanto para o time titular como para o banco.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Sem vencer

Não é nada boa a campanha do Inter no Campeonato Gaúcho. O Inter continua sem vencer na competição. Em três jogos foram dois empates e uma derrota. Como agravante, há o fato de que dois desses três jogos foram no Beira-Rio. Hoje, mesmo jogando em casa, o Inter apenas empatou em 1 x 1 com o Caxias. O jogo foi equilibrado, mas quando D'Alessandro fez 1 x 0 aos 29 minutos do segundo tempo parecia que a partida teria o Inter como vencedor. Foi uma falsa impressão. Seis minutos depois, o Caxias empatou o jogo. Daí em diante, mesmo pressionado pelo Inter, o Caxias sustentou o resultado. O Inter segue ocupando o décimo lugar entre doze clubes no campeonato estadual. Nem mesmo os 100% de aproveitamento na Primeira Liga servem para amenizar o mau desempenho na disputa doméstica. O Inter precisa reagir logo, ou o trabalho de remontagem do time, que está somente começando, poderá ser interrompido antes que possa colher seus frutos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Ousadia

Falta ousadia para os dois maiores clubes do futebol do Rio Grande do Sul. Os torcedores de Grêmio e Inter devem estar com muita inveja de Palmeiras e São Paulo, que acabam de contratar, respectivamente, Borja e Lucas Pratto. Afinal, os dois atacantes dariam uma outra dimensão aos times da dupla Gre-Nal. O argumento de que faltam recursos financeiros para Grêmio e Inter não é convincente, pois se o Palmeiras os tem em abundância, o São Paulo apresenta dificuldades nesse aspecto. O Inter ainda vive a circunstância de ser um um clube que irá disputar o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, o que dificulta a contratação de grandes nomes. Porém, o Grêmio, que irá disputar a Libertadores, tem a obrigação de ser mais audacioso mas suas contratações. Se o São Paulo, que não vai participar da Libertadores, faz uma contratação de vulto como a de Pratto, o Grêmio não pode ser tão tímido como vem se mostrando nas suas aquisições. Se existem limitações financeiras, é preciso ter criatividade para buscar recursos. O Grêmio vendeu um titular, e perdeu outro, temporariamente, por lesão, o que impõe que vá ao mercado. Para quem tem ambição de ganhar a Libertadores, é preciso ousar.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O pior ainda está por vir

O país assiste, estarrecido, ao caos que se instalou no Espírito Santo, e que já começa a se espalhar por seu vizinho, o Estado do Rio de Janeiro. A greve das polícias civil e militar deixou os capixabas entregues à sanha dos meliantes. As escolas suspenderam as aulas, o comércio fechou suas portas, as ruas ficaram desertas, pois as pessoas não podem sair de casa. O número de mortos pelas ações violentas sem repressão já se aproxima de duas centenas. O cenário dantesco, no entanto, não é fruto do acaso, e o pior ainda está por vir. O Brasil está sofrendo às consequências de escolhas mal feitas pelos eleitores para os governos estaduais, e de um golpe que instalou na administração federal um bando de corruptos. Uma classe média parva deixou-se levar pela sordidez da grande mídia, e começa a pagar uma conta altíssima e muito dolorosa. O mais chocante é que, com o país sendo conduzido para o abismo, não se ouvem mais panelas sendo batidas, nem avenidas são tomadas por manifestantes vestidos com a camisa da Seleção Brasileira. Os que foram as ruas pedir o impeachment de uma presidente legitimamente eleita, estão, agora, quietos, enquanto seus direitos trabalhistas e previdenciários vão sendo suprimidos pela corja que se instalou no poder. Se, como expressa o dito popular, arrependimento matasse, boa parte da população brasileira teria perecido de desgosto por suas escolhas mal feitas. Porém, outra expressão da sabedoria popular afirma que não adianta chorar o leite derramado. As consequências da insensatez dos batedores de panelas só estão começando, e o preço, pago por todos, será muito alto.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Vencer era o mais importante

A derrota para o Novo Hamburgo em pleno Beira-Rio gerou uma instabilidade exagerada no Inter, já que o clube está iniciando um trabalho de remontagem do time, sob a orientação de um novo técnico. No entanto, o resultado é imperioso no futebol. Dessa forma, independentemente de jogar bem ou não, era fundamental para o Inter vencer o Fluminense, hoje, no Beira-Rio, pela Primeira Liga, o que acabou conseguindo. O Inter fez um gol ainda no primeiro tempo, marcado por Charles, e sustentou o placar até o final. Charles, por sinal, confirmou sua condição de nova revelação das categorias inferiores do clube. Enfim, um resultado que veio na hora certa, ainda que contra um time misto do Fluminense. Não importa. Vencer era uma necessidade, e o Inter alcançou o seu objetivo.

Momento preocupante

O ano está apenas começando, mas o Grêmio já vive um momento preocupante. Hoje à tarde, veio a notícia de que Douglas rompeu ligamentos de um joelho, terá que ser operado, e ficará seis meses sem jogar. À noite, jogando com o seu time reserva, o Grêmio perdeu por 2 x 0 para o Flamengo, no Mané Garrincha, pela Primeira Liga. Dado o fato de que o Flamengo jogou com seus titulares, o resultado é até normal, mas entrar em campo com um time reserva foi uma escolha do próprio Grêmio, e muito discutível. Não havia necessidade de o Grêmio poupar um time inteiro e ser representado, também, por uma comissão técnica inteiramente reserva. O desdém para com o jogo resultou numa derrota, a segunda em apenas três partidas oficiais no ano, o que nunca é bom, pois só às vitórias fortalecem o ambiente. Em termos de observação de jogadores, a partida de hoje mostrou Bruno Grassi desembocado e inseguro, Leonardo Moura apagado, confirmou que Bressan é uma calamidade, e teve Bolanos com uma atuação apenas razoável, só para citar alguns nomes. A lesão de Douglas obrigará o Grêmio a ir ao mercado. Dessa vez, não se poderá aceitar o argumento de que o clube não tem dinheiro, usado para justificar as modestas contratações feitas até agora. Será preciso contratar um substituto qualificado para Douglas, e isso irá exigir um alto investimento, ao qual o Grêmio não poderá se negar, sob pena de renunciar a qualquer ambição de título em 2017.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Competição esvaziada

A Copa da Primeira Liga vive a sua segunda edição, mas é já é uma competição esvaziada, que, talvez, não tenha uma terceira. A disp@ O uta, cujo objetivo era ser o embrião de uma futura liga brasileira de clubes, ainda não faz parte do calendário oficial da CBF, e está sendo depreciado pelos próprios clubes que a criaram, pois escalam times reservas em seus jogos, priorizando outras competições. Nesse meio de semana, o Grêmio jogará com um time inteiramente reserva contra o Flamengo, e Inter e Fluminense se enfrentarão com escalações mistas. Afora isso, a Copa da Primeira Liga aumentou o número de participantes, com a inclusão de clubes de menor expressão, como Ceará e Brasil de Pelotas. Nos moldes atuais, a competição nada acrescenta em qualidade ao calendário do futebol brasileiro.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Escárnio

A indicação do atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ocupar a cadeira do falecido Teori Zavaschi no Supremo Tribunal Federal, e um escárnio. Moraes não tem estatura moral para o cargo. Sua nomeação para ministro da Justiça já havia tido ampla rejeição. O que dizer, então, de sua indicação para o Supremo Tribunal Federal? A escolha de Michel Temer mostra o quanto um presidente ilegitimo e golpista despreza a opinião pública ao tomar suas decisões. O Brasil está sendo governado por um bando de corruptos e desonestos cuja única preocupação é manter seus integrantes fora do alcance da lei enquanto saqueiam o país. A cada dia, novas atrocidades cometidas pelo governo golpista são anunciadas. Até quando os brasileiros permitirão essa situação? As forças vivas do país precisam reagir para por fim a esse governo. Caso contrário, o Brasil não terá futuro.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Derrota preocupante

O ano nem bem começou e o Grêmio já dá motivos de inquietação para os seus torcedores. Hoje, o Grêmio perdeu por 2 x 1 para o Caxias, no Francisco Stédile, uma derrota preocupante. O time não teve uma boa atuação, o que foi admitido pelos próprios jogadores. No aspecto anímico, o time deixou a desejar, e seus principais jogadores estiveram, tecnicamente, muito mal. O tropeço contra um adversário modesto, logo no início do ano, somado às contratações pouco qualificadas, deverão gerar protestos de muitos torcedores. Para quem tem um calendário cheio e uma Libertadores em 2017, o Grêmio precisa mostrar muito mais antes de ser considerado confiável. Porém, ainda assim, não pode passar batido o erro de arbitragem na marcação do pênalti que resultou na abertura do placar em favor do Caxias. Como sempre, no Campeonato Gaúcho, o Grêmio é vítima dos "erros humanos" dos árbitros de uma federação presidida por um conselheiro do Inter.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Derrota inesperada

Sabia-se que o Inter, em 2017, não teria um ano fácil, mas não se pensava que o início seria tão difícil. A derrota inesperada para o Novo Hamburgo, por 2 x 1, hoje, no Beira-Rio, já traz inquietação para a torcida, ainda que tenha sido, apenas, o terceiro jogo oficial do ano. Os números do Inter, até aqui, são preocupantes. Em dois jogos-treinos, um empate e uma derrota. Nos três jogos oficiais, venceu apenas um, obtendo, também, um empate e uma derrota. No Campeonato Gaúcho, conquistou somente um ponto em seis disputados. Na partida de hoje, chamou atenção a apatia do Inter no primeiro tempo, quando concedeu muitos espaços ao Novo Hamburgo e foi frouxo na marcação. A entrevista do técnico Antônio Carlos Zago, após o jogo, mostrou sua insatisfação com o que o Inter vem mostrando em campo. O trabalho está só no começo, mas já aparenta apresentar desgaste. A tarefa de reconstrução do Inter deverá ser muito árdua.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O foro privilegiado de Moreira Franco

Ao conceder status de ministro para Moreira Franco, um dos integrantes de sua tropa de choque, o presidente golpista Michel Temer fez cair a máscara de seu grupo e dos que foram lhe dar apoio nas ruas. Os que bateram panelas contra a presidente Dilma Rousseff quando ela nomeou Luís Inácio Lula da Silva para ser o seu ministro-chefe da Casa Civil, agora se mostram indiferentes á atitude de Temer. A imprensa condenou Dilma fortemente na ocasião, argumentando que se tratava de uma manobra para livrar Lula da Operação Lava-Jato, concedendo-lhe foro privilegiado. Agora, poucos meses depois, Michel Temer faz o mesmo em relação a Moreira Franco, mas não se ouve o ruído das panelas sendo batidas. O foro privilegiado de Moreira Franco é uma evidência do quanto o grupo que praticou o golpe teme a ação da Justiça, já que seus integrantes estão envolvidos até o pescoço em atos de corrupção. O mais grave, no entanto, é a conivência de setores da sociedade e da imprensa com a ação ardilosa de Temer. Para os batedores de panelas e a imprensa conservadora só o que importava era derrubar Dilma, a qualquer preço. Consumado o golpe, os "paladinos da ética" convivem pacificamente com as atrocidades de Temer. A indignação que demonstravam perante a suposta corrupção do PT era pura fachada. Eles foram movidos, apenas, pelo antipetismo cego e irracional. São cínicos e hipócritas, pois sua revolta é seletiva e ideológica.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Boa estreia

O Grêmio fez uma boa estreia no Campeonato Gaúcho, hoje. Num jogo em noite de chuva intensa, o Grêmio venceu o Ypiranga de Erechim por 2 x 0, na Arena. O ritmo imprimido pelo Grêmio para ganhar o jogo não foi dos mais fortes. O primeiro chute perigoso ao gol só aconteceu aos 19 minutos de jogo. O placar foi aberto em favor do Grêmio com um gol contra de Henrique, aos 34 minutos do primeiro tempo. O Ypiranga esboçou uma reação e chegou a chutar uma bola no travessão, mas o Grêmio manteve o controle do jogo. No segundo tempo, Fernandinho, que havia entrado um pouco antes, fez um golaço e definiu o jogo em favor do Grêmio. Vencer na estreia era importante, pois o Grêmio deseja ganhar o campeonato estadual e interromper a série de títulos do Inter. O primeiro passo para realizar esse objetivo já foi dado.

A morte de dona Marisa

A mulher do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, dona Marisa Letícia, não resistiu ao rompimento de um aneurisma cerebral, e teve morte encefálica. A morte de dona Marisa proporcionou uma nova enxurrada de horrores nas redes sociais. Por mais incrível que possa parecer, muitas pessoas se regozijaram com a morte da ex-primeira dama. Durante o seu período de hospitalização, houve quem postasse que não desejava a sua morte, mas queria que ela se tratasse pelo SUS. O ódio seletivo ao PT, mais uma vez se fez presente. Em contrapartida, pessoas identificadas com Lula e o PT, viram um assassinato na morte de dona Marisa, em função dos ataques sistemáticos disparados contra a sua família pelo juiz Sérgio Moro e sua equipe de falsos paladinos da Justiça. As pressões e perseguições sofridas por sua família certamente agravaram as condições de saúde de dona Marisa. Ela, no entanto,  já convivia com o aneurisma há dez anos, e esse é um problema de saúde grave, pois ele pode se romper a qualquer momento. Se dona Marisa não tivesse enfrentado tantos dissabores nos últimos tempos, causados pela sanha dos falsos heróis do Poder Judiciário brasileiro, talvez pudesse viver, ainda, por muitos anos. Porém, ela já se foi. O que se pode esperar, agora, é que apoiadores e detratores de Lula e do PT não usem sua morte como mais um mote para brigas e ataques. Os mortos tem o direito de serem respeitados.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Pensamento simplista

O ano de 2016 foi tão cheio de acontecimentos ruins que as pessoas, principalmente nas redes sociais, pediam que ele acabasse de uma vez. O pensamento simplista era o de que bastaria ocorrer a troca de ano para tudo melhorar. Evidentemente, essa é uma ideia sem base na realidade. O ano mudou, mas o quadro de horrores não. O país continua sendo governado por um bando de golpistas e corruptos, o novo presidente do Senado tem uma biografia tão ou mais comprometedora que a do que está deixando o cargo, os índices de desemprego só fazem aumentar. No plano internacional, Donald Trump, como presidente dos Estados Unidos, mergulha o mundo numa era de obscurantismo. A direita deita e rola, aqui e lá fora, e o machismo, a homofobia, o racismo e o desprezo aos pobres atingem níveis galopantes. Seria muito bom se a simples entrada de um novo ano pusesse fim às iniquidades e trouxesse consigo tempos melhores. Não é assim. O pesadelo está longe de acabar, e para enfrentar 2017 será preciso tanta resistência quanto a que foi empregada no ano anterior.