sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma decisão de alto nível

A Taça Libertadores da América de 2011 terá uma decisão como há muito não se via, em termos de tradição. Santos e Peñarol decidirão a competição, repetindo o que aconteceu em 1962, quando o clube brasileiro ficou com o título. O Santos já foi campeão da Libertadores duas vezes, a última delas em 1963. Em 2003 chegou à decisão, mas perdeu para o Boca Juniors. O Peñarol ganhou a Libertadores cinco vezes, a última em 1987. O Santos possui dois títulos mundiais, o Peñarol tem três. Como se vê, glórias e tradição não faltam aos dois clubes, que, ao longo de suas histórias, formaram times inesquecíveis, repletos de grandes jogadores e, no caso do Santos, com a presença de um gênio, Pelé. Se é verdade que a edição da Libertadores de 2011 não primou pelo alto nível técnico, a decisão da competição, pela representatividade dos dois clubes, compensa esse fato. Será uma disputa interessante, também, pelo confronto de estilos. O Santos com um time essencialmente técnico, comandado por um craque, Neymar. O Peñarol compensando suas limitações com a proverbial raça uruguaia. O Santos teria no Vélez Sarsfield, que foi eliminado pelo Peñarol nas semifinais, um adversário tecnicamente mais forte. Porém, o Peñarol, embora tenha um futebol mais modesto, traz consigo o peso de uma camisa coberta de glórias. Será, por certo, uma grande decisão. Apontar um favorito, nesse caso, é quase uma temeridade, mas, por fazer o segundo jogo em casa e ter um time de maior capacidade técnica, essa condição pertence ao Santos.