sábado, 24 de maio de 2014

A torcida não merece

A torcida do Grêmio, que já acumula frustrações há 13 anos, não merece o tipo de derrota sofrida, hoje, para o São Paulo. Contra um adversário que nem de longe lembra o poderio de anos anteriores, o Grêmio tropeçou na própria ineficiência, e nos seus problemas crônicos, que insiste em não resolver. Pará teve mais uma atuação lastimável, em que chegou, até, a pisar na bola. Barcos perdeu um gol feito no último segundo de jogo, e Marcelo Grohe, depois de ser pedido por alguns para a Seleção Brasileira, levou um frango, depois de já ter falhado no gol do Botafogo no jogo anterior. Tal e qual a alegria  de pobre, como expressa o ditado, o contentamento dos gremistas dura pouco. A satisfação pelo segundo lugar no Campeonato Brasileiro, com o mesmo número de pontos do líder, o Cruzeiro, não durou mais que uma rodada. O Grêmio termina o dia de hoje em terceiro lugar, e dependendo dos resultados de amanhã, poderá cair para sétimo. Para os gremistas, as frustrações são longas, os momentos de comemoração são escassos. Uma longa e triste rotina, que a torcida não merece.

Crueldade

A forma como o título da Champions League escapou do Atlético de Madrid foi cruel. A torcida já esperava o apito do árbitro para comemorar a vitória por 1 x 0 que daria o título, quando, aos 48 minutos do segundo tempo, o Real Madrid empatou. O jogo foi para a prorrogação, mas o Atlético não tinha mais condições físicas e psicológicas, e acabou goleado por 4 x 1. Seria o seu primeiro título da competição. Em 1974, também chegou na decisão, mas foi derrotado pelo Bayern de Munique. O Real Madrid, por sua vez, chegou ao seu décimo título da Champions League, sendo recordista absoluto de conquistas nessa disputa. Um time que tem Cristiano Ronaldo e Bale, afora tantos outros grandes jogadores, reúne condições suficientes para conquistar um título dessa magnitude, mas a forma como aconteceu foi muita dura para o Atlético. Entre as razões para o desfecho negativo, estão a cera demasiada de Felipe Luís, que levou o árbitro a dar cinco minutos de acréscimo, o excessivo recolhimento do time no segundo tempo, tentando garantir a vitória parcial, e as entradas de Marcelo e Isco no Real Madrid, que tornaram o time muito mais ofensivo. Perder é do jogo, mas ver um título escapar aos 48 do segundo tempo é doloroso demais.