terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Novos uniformes

A necessidade de gerar receita com a venda de camisetas faz com que os clubes lancem, a cada ano, uma nova coleção de uniformes. A camisa número 1 recebe pequenas mudanças, para não ferir a tradição, mas o segundo e terceiro uniformes são alterados radicalmente a cada novo lançamento, de modo a estimular o torcedor a adquiri-los para se manter atualizado. Os resultados, muitas vezes, não são os melhores. Em outros casos, consegue-se criar um modelo muito bonito, mas que, mesmo assim, é abandonado no ano seguinte, pela necessidade de sempre se lançar algo novo. Grêmio e Cruzeiro, por exemplo, acabam de lançar seus novos uniformes. No Grêmio a camisa principal, tricolor, ficou bem mais bonita que a que vinha sendo utilizada, pois suas listras são mais estreitas e o tom do azul é o celeste, como manda a tradição do clube. Porém, o segundo e terceiro uniformes são de um gosto, no mínimo, duvidoso. A tradicional camisa toda em azul celeste foi resgatada, mas, agora, conta com uma espécie de cruz numa das partes laterais que é, esteticamente, bastante discutível. A camisa branca ganhou duas imensas listras verticais em cada um dos lados, uma azul e outra preta, que, também, está longe de ser um acerto em termos de bom gosto. No Cruzeiro, o problema é a camisa principal. Além de trazer de volta o distintivo que tem o círculo com o nome do clube, não mais deixando as cinco estrelas soltas na camisa que geram um efeito muito mais bonito, acrescentou-se uma faixa branca na parte superior, descaracterizando a tradicional monocromia do azul. Parece que o tal uniforme se baseia no primeiro utilizado pelo clube ao mudar seu nome de Palestra Itália para Cruzeiro, em 1942. O fato é que a nova camisa é bem menos bonita do que a anterior. Nada se pode ter contra o fato de os clubes buscarem na venda de camisetas uma importante fonte de receita. Cabe pedir, no entanto, que compatibilizem essa necessidade com o senso estético.