sábado, 14 de março de 2020

Dois anos de um crime não solucionado

Hoje, completam-se dois anos do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Crime de clara motivação política, o duplo homicídio segue sem elucidação. A grande questão ainda não respondida é a de quem mandou matar Marielle e Anderson. Por seus posicionamentos políticos em defesa dos setores mais frágeis da sociedade, e sua condição de lésbica assumida, Marielle era um alvo óbvio da extrema direita que assumiu o poder no país por meio de um golpe contra uma presidente legitimamente eleita. Decorridos dois anos de um crime não solucionado é evidente que isso se dá porque seu esclarecimento atingiria figuras encasteladas no poder. Os setores conscientes e sadios da sociedade brasileira seguem cobrando a revelação de quem mandou matar Marielle, e não vão se calar antes que ela seja feita. O assassinato de Marielle não é apenas mais um crime como tantos, absurda argumentação de alienados ou simpatizantes enrustidos do bolsonarismo. Contrapor que é preciso esclarecer mortes suspeitas ligadas ao PT é um típico recurso canalha de quem defende, embora muitas vezes não tenha coragem de o fazer abertamente, o governo de bandidos que se instalou no país. Esclarecer o assassinato de Marielle é fundamental, inarredável, indispensável, obrigatório. Só assim se poderá impedir a morte da democracia no Brasil.