domingo, 12 de junho de 2022

Abjeção

Nada é tão ruim que não possa piorar, expressa um ditado. O presidente genocida Jair Bolsonaro ê uma prova disso. Suas declarações estúpidas e absurdas, sua boçalidade, seu baixo nível cognitivo, seu temperamento violento, compõem um perfil desprezível, que enoja e envergonha os brasileiros conscientes. Porém, Bolsonaro conseguiu o impensável, chegando a um extremo grau de abjeção. Em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Bolsonaro solicitou ajuda para vencer Luís Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de outubro. Nunca se viu, na história do Brasil, um fato tào estarrecedor. O ex-capitão abre mão da soberania do país em nome de seus interesses eleitorais. Dá para imaginar o tipo de argumentaçào que Bolsonaro usou para justificar o seu pedido. Promessas de privatizações, favorecimento aos interesses econômicos americanos, e outras medidas do gênero. Repulsiva e ignominiosa, a atitude de Bolsonaro revela o descompasso entre o que declara publicamente e a realidade que o amedronta. Embora diga que não acredita em pesquisas e na confiabilidade das urnas eletrônicas, Bolsonaro sabe que a verdade é outra. As pesquisas que indicam a vitória de Lula expressam um quadro verdadeiro, e as urnas são confiáveis. Portanto, Bolsonaro sabe que irá perder as eleições. Seu maior temor é que, deixando o cargo, venha a ser julgado por seus crimes, e o mesmo aconteça com seus filhos. Ao atacar o Supremo Tribunal Federal, lançar suspeitas sobre a lisura das eleições, incentivar o armamento da população, e fazer o nauseante pedido ao presidente americano, Bolsonaro aposta todas as suas fichas num golpe, para que possa continuar no poder. Pelas vias normais, sabe que a derrota é certa. Será o que irá acontecer, para o bem do Brasil.