domingo, 8 de janeiro de 2023

Vandalismo

A barbárie que ocorreu, hoje, em Brasília, não pode ter pego ninguém de surpresa. Os radicais bolsonaristas há tempos pretendiam praticar atos de vandalismo contra os três poderes, na tentativa tresloucada de derrubar o governo recém empossado do presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Com a absurda complacência das forças policiais, os terroristas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Danificaram instalações, quebraram vidraças. Em sua marcha rumo à Praça do Três Poderes, portavam faixas com dizeres golpistas. Tudo poderia ter sido evitado, não fosse a conivência das polícias, que permitiu o avanço dos criminosos. Diante dos fatos estarrecedores de hoje, que repercutiram no mundo inteiro, o presidente Lula decretou intervenção na segurança pública de Brasília até o dia 31 de janeiro. Outras medidas enérgicas, sob a liderança do ninistro da Justiça, Flávio Dino, estão sendo tomadas para restituir a ordem. Não há mais espaço para tolerância com os bolsonaristas. Prisões estão sendo realizadas, e o governo prometeu que irá descobrir quem são os financiadores dos atos golpistas. A hora é grave e, por isso mesmo, as punições têm de ser duras e exemplares. Os terroristas não terão êxito nas suas ações. Pelo contrário, pagarão caro por seus ataques à democracia.

Roberto Dinamite

A notícia, lamentavelmente, já era esperada. Roberto Dinamite, o maior ídolo da história do Vasco, faleceu, hoje, aos 68 anos. O ex-centroavante tratava um câncer no intestino desde 2021. Sua fragilidade física evidenciava que as perspectivas de cura não eram boas. Roberto Dinamite acumulou recordes. Com 190 gols, é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro. Também é o maior goleador do Campeonato do Estado do Rio de Janeiro, do Maracanã, e dos clássicos cariocas. Esteve em duas Copas do Mundo, 1978 e 1982. Foi, ainda, presidente do Vasco, numa administração com altos e baixos em que o clube foi rebaixado duas vezes para a Segunda Divisão brasileira, mas, também, conquistou o seu último título importante, a Copa do Brasil de 2011. Uma trajetória riquíssima de um homem que foi grandioso dentro e fora das quatro linhas. Tinha um temperamento afável, e era tratado com carinho pelos companheiros de profissão. Com a morte de Roberto Dinamite, o Brasil perde outro grande vulto do seu futebol, evocando a saudade de tempos bons que não voltam mais.