quarta-feira, 6 de maio de 2020

Governo genocida

O que está sendo praticado pelo governo Jair Bolsonaro em relação à pandemia de coronavírus é uma política de extermínio. Adotando a postura do negacionismo, Bolsonaro tentou sempre minimizar a gravidade da pandemia, numa ação macabramente calculada. Por entender que, de qualquer maneira, seriam muitos os mortos pela doença, o ex-capitão preferiu cruzar os braços. Para Bolsonaro, tanto faz se, ao final da pandemia, terão morrido cem mil ou um milhão de brasileiros. Na sua visão totalmente insensível, o importante é que, depois de terminada a crise, seja possível voltar a implantar a agenda carregada de demofobia do ministro da Economia, Paulo Guedes. Para isso, é essencial evitar o aumento dos gastos públicos, medida obrigatória numa situação de emergência como a pandemia. Sem dúvida, esse é um governo genocida. Com mais de 600 mortes por dia no país, e uma enorme escassez de leitos nos hospitais públicos, o governo já deveria ter estatizado os da rede privada, enquanto durar a pandemia. O fato de ainda não ter tomado essa atitude, escancara ainda mais o fato de que o compromisso do governo não é com a sociedade, mas com os grandes grupos econômicos. O Brasil caminha para se tornar o epicentro da pandemia em todo o mundo. Não precisaria ser assim. Porém, esse é o preço a ser pago por quem tem um governo que é indiferente para com a vida humana.