quarta-feira, 28 de julho de 2021

A morte de um símbolo

André, um dos jogadores mais marcantes da história do Grêmio, faleceu, hoje, aos 74 anos. Centroavante, André, que no Rio Grande do Sul teve o apelido "catimba" acrescentado ao seu nome, tinha muito boa técnica, e, por isso, não só marcava gols, mas os proporcionava para seus companheiros. Seu período no Grêmio foi relativamente curto, de 1977 a 1979, no qual fez 65 gols. Chegou ao Grêmio aos 31 anos, com o Campeonato Gaúcho já em andamento, pois Alcindo, que retornara ao clube em fim de carreira, não conseguiu corresponder ás expectativas. Há quem considere André o maior centroavante da história do Grêmio, o que é um evidente exagero. Nomes como Juarez, Alcindo, Baltazar e Jardel, por exemplo, marcaram mais gols, ou conquistaram títulos mais grandiosos. O que torna André significativo na história do Grêmio é ter sido o autor do gol do título do Gauchão de 1977, depois de oito conquistas consecutivas do Inter. Foi um gol historico, por vários motivos. Primeiro, por cortar uma série de oito titulos seguidos do Inter. Depois, por ter sido um gol belíssimo, com um chute no ângulo. Por último, pela comemoração singular de André, que executou um salto mortal, sofreu uma distensão em pleno vôo, e caiu estatelado no chão. A foto com a imagem cristalizada de seu salto é, sem dúvida, uma das mais icônicas do futebol brasileiro. Por isso, sua perda representa a morte de um símbolo. Eternizado na Calçada da Fama do Grêmio, André tem um lugar garantido no coração de todos os torcedores do clube.