sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Primeiro deslize

Por motivos técnicos, por dois dias não pude postar novos textos nesse espaço. Nesse período, sem dúvida, o assunto de maior evidência foi a escolha do novo técnico da Seleção Brasileira, Luís Felipe Scolari, o Felipão. Trata-se de uma aposta em um técnico que foi o último a conquistar uma Copa do Mundo pela Seleção. Junto com ele, como coordenador técnico, foi contratado Carlos Alberto Parreira, outro que foi campeão mundial pela Seleção. Como falta pouco mais de um ano e meio para a Copa do Mundo de 2014, a CBF preferiu apostar na experiência, por entender que não há tempo a perder. O anúncio da contratação de Felipão, dessa vez, não gerou o mesmo entusiasmo. Afinal estava desempregado, depois de ser demitido pelo Palmeiras em meio ao Campeonato Brasileiro. Embora tenha sido campeão da Copa do Brasil pelo Palmeiras em 2012, seu trabalho no clube, nessa última passagem, não chegou a ser bom. Em sua primeira entrevista como novo técnico da Seleção Brasileira, Felipão já cometeu o seu primeiro deslize. "Se não tiver pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada", disse Felipão. A frase, como não poderia deixar de ser, foi mal recebida, gerou protestos e obrigou Felipão a fazer um pedido de desculpas. Felipão demonstra, assim que continua com o mesmo estilo truculento de sempre. Excessos verbais à parte, a questão que importa é saber o que se pode esperar de Felipão nessa sua segunda passagem pela Seleção. Felipão é um grande técnico, ninguém discute. Seus últimos trabalhos não tem sido tão bons, mas quem sabe não esquece. Sua experiência e a de Parreira poderão ser importantes nesse momento. Os dois, pelo currículo que ostentam, tem uma imposição junto aos jogadores que poucos técnicos possuem. Jogadores rodados e multicampeões sabem que Felipão e Parreira gozam do mesmo prestígio profissional. São vitoriosos, milionários, não se deixam comandar por jogadores acometidos de estrelismo, Tomara que, no trabalho específico de campo, Felipão e Parreira ainda consigam se mostrar eficientes. Nesse caso, a Seleção terá tudo para dar certo. Desde já, torço para que isso se confirme.