quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Faltou futebol

Um jogo ruim, com poucos lances de emoção. Assim se pode resumir Deportes Tolima 0 x 0 Inter, hoje, em Ibagué (COL), pela Pré-Libertadores. Diante de um adversário de enormes limitações técnicas, o Inter jamais se mostrou ousado. Foi um jogo em que, de ambos os lados, faltou futebol. O técnico do Inter, Eduardo Coudet, iniciou o jogo com D'Alessandro no banco e Marcos Guilherme de titular. Porém, a velocidade de Marcos Guilherme não pôde ser explorada, pois não havia quem o acionasse. Boschilia até mostrava qualidade com a bola no pé, mas não conseguia ser o articulador que o Inter necessitava. A estrutura defensiva era excessiva contra o modesto Tolima. Mais uma vez, Coudet escalou Musto e Rodrigo Lindoso juntos, uma dupla de volantes que, comprovadamente, não se harmoniza. Musto joga muito recuado, quase como um terceiro zagueiro. Outro equívoco de Coudet foi a permanência de Bruno Fuchs como titular. O antigo dono da posição, Rodrigo Moledo, está longe se ser um grande jogador, mas é enérgico e eficiente na bola aérea. Fuchs tem se mostrado inseguro, e sua teórica superioridade na saída de bola, alegada por Coudet, não tem sido demonstrada na prática. Ao colocar D'Alessandro no segundo tempo, Coudet retirou Marcos Guilherme. Foi mais um erro. O Inter ganhou um articulador com a entrada de D'Alessandro, mas perdeu o velocista que poderia ser acionado pelo meia argentino com a saída de Marcos Guilherme. A dupla de volantes, no entanto, permaneceu até o fim, talvez porque Coudet estivesse mais preocupado em não perder do que em ganhar. O Tolima não justifica tamanha cautela. Com o segundo jogo no Beira-Rio, o Inter deverá se classificar para a fase de grupos da Libertadores sem maiores dificuldades. Porém, se não melhorar muito o seu desempenho, não deverá ter vida longa na competição. Em todos os jogos que realizou no ano até aqui, o Inter nunca chegou a ter uma grande atuação.