terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Vinte anos sem Tom Jobim

O dia de ontem marcou a passagem dos 20 anos da morte de Tom Jobim. Sem favor nenhum, Jobim é um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Só ou em parceria, compôs clássicos da música reconhecidos no mundo todo. O maior deles, "Garota de Ipanema", composição sua e de Vinícius de Moraes, é a segunda música com maior número de execuções em todos os tempos, só perde para "Yesterday", dos Beatles. Tom Jobim, no entanto, compôs muitas outras pérolas, como "Insensatez", "Eu sei que vou te amar" "A Felicidade", "Samba do Avião". O incrível é que não se percebe, no Brasil, uma reverência em torno de seu nome que corresponda à sua expressão como artista. Há alguns anos, o Aeroporto do Galeão foi redenominado como "Tom Jobim", mas, em termos práticos, o novo nome não "pegou". Uma estátua de Tom Jobim foi erguida em Ipanema. Porém, ainda é pouco. As novas gerações tem pouco conhecimento de quem foi Tom Jobim. Num país de autoestima tão baixa, é fundamental mostrar aos mais novos que o Brasil tem um compositor que, em arrecadação de direitos autorais, só ficou atrás dos Beatles. As músicas da Bossa Nova, movimento que teve em Tom Jobim um de seus alicerces, são sucesso, até hoje, no mundo todo. No Brasil, berço de origem do movimento, são quase ignoradas. O brasileiro tende a autodepreciar-se e a achar que tudo o que é de fora é melhor. Tom Jobim é uma das provas de que o Brasil é capaz de revelar talentos artísticos de prestígio internacional. Os 20 anos sem Tom Jobim representam uma lacuna enorme para a música. Os brasileiros lhe devem um reconhecimento mais amplo à sua obra.