domingo, 22 de janeiro de 2023

Mostrando força

O governo do presidente Luíz Inácio Lula da Silva, enfim, tomou uma medida dura contra a omissão dos militares diante dos atos terroristas de 08/01. O comandante do Exército, general Júlio César Arruda, foi removido do cargo, por "quebra de confiança", como qualificou o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, com o governo mostrando força no enfrentamento aos epísódios de destruição ocorridos duas semanas atrás. O substituto escolhido foi o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que ocupava o cargo de comandante militar do Sudeste. Lula nunca aceitou a postura de Arruda de não remover os grupos de bolsonaristas acampados diante dos quartéis. O presidente também já desligou mais de oitenta militares que ocupavam cargos na estrutura de governo, nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Estava mais do que na hora de tomar essas medidas. Os militares ocupam uma função de Estado, não de governo. Sendo assim, não cabe a um comandante do Exército ser leniente no combate a atos terroristas por questões ideológicas. Como servidores do Estado que são, os militares tem que seguir as ordens do governo vigente. A atitude de afastamento de militares de funções na estrutura de poder acaba com o aparelhamento do governo por fardados, estabelecido por Bolsonaro. O Brasil tem um governo legitimamente eleito. Não cabe a ninguém, pessoa ou instituição, negar-se a aceitar o resultado. Os que o fizerem, serão devidamente punidos. O Brasil, depois de quatro anos de acefalia, tem, novamente, um governo com rumos claros e cioso de sua autoridade.