quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Desafogo

Depois de quase três meses, o Inter voltou a vencer um jogo. Em sua estreia na Copa do Brasil, o Inter goleou o Fortaleza por 3 x 0, hoje, no Beira-Rio, e obteve um desafogo no período de crise que está vivendo. Foi um jogo fácil, contra um adversário descaracterizado. Nada garante que, no Campeonato Brasileiro, o Inter consiga a sua recuperação. O jogo de hoje não serve como parâmetro para as partidas bem mais duras que virão pela frente. Seja como for, o resultado serviu para pôr fim ao jejum de vitórias, e os dois gols marcados por Aylon, que andava esquecido, o credenciam como opção para o ataque. Nico López também marcou o seu gol. Como os atacantes que vinham sendo escalados não estavam marcando gols, a permanência de ambos no time é mais do que recomendável.

A consumação do golpe

Agora, é definitivo, Dilma Rousseff não é mais a presidente da República. Aconteceu a consumação do golpe. O impeachment foi determinado, no Senado, por 61 votos a favor e 20 contra. Numa outra tropelia ao que expressa o texto legal, fez-se uma outra votação, á parte, em que os direitos políticos de Dilma Rousseff foram mantidos. Se a lei fosse observada ao pé da letra, Dilma Rousseff, depois de efetivado o impeachment, deveria ficar inelegível por oito anos. O pior está por vir. Confirmado, definitivamente, como presidente, Michel Temer irá aplicar o seu saco de maldades. Direitos fundamentais dos trabalhadores serão pisoteados. A idade mínima para a aposentadoria será ampliada. O patrimônio público será entregue ao capital privado. Os programas sociais serão desativados. Os gastos com saúde; educação e segurança serão congelados. Em suma, o Brasil irá entrar num período de enorme retrocesso social. Resta saber quanto tempo levará até que os incautos que apoiaram o impeachment se dêem conta de que levaram o país a embarcar numa canoa furada.