terça-feira, 29 de setembro de 2015

A hediondez do racismo

O racismo é uma hediondez, uma demonstração do quanto o ser humano pode ser baixo e vil. Em qualquer lugar onde se manifeste, é intolerável. Porém, num país mestiço como o Brasil, o comportamento racista é, também, patético. Mais espantoso, ainda, é quando ele se manifesta na Bahia, um Estado de uma população negra tão numerosa. Na noite de hoje, num shopping center de Salvador, uma mulher saiu escoltada por policiais militares, enquanto pessoas gritavam "racista", dirigindo-se a ela. A mulher havia se negado a ser atendida por um funcionário negro, em uma loja, e os dois chegaram a ter uma discussão. Como é possível algo assim, ainda, nos dias de hoje? Por que essa postura discriminatória continua tão arraigada em alguns setores da sociedade? Por mais que se faça na tentativa de combatê-lo, o racismo persiste na sociedade brasileira. O pior é que essa mulher, cujo nome não foi divulgado pela imprensa, não deverá sofre nenhuma punição pelo seu ato repugnante. No máximo, em caso de condenação, provavelmente, teria de doar cestas básicas para instituições carentes, ou prestar serviços comunitários. O Brasil continua a propagar a ideia de que é um país de um povo acolhedor e sem preconceitos, e, enquanto isso, o racismo continua a corroer as sua entranhas. O país precisa deflagrar uma cruzada contra o racismo. Essa chaga social não pode persistir.