terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Um país entregue á própria sorte

O Brasil é um país entregue á própria sorte. Desde que foi desferido o famigerado golpe do impeachment contra uma presidente legitimamente eleita, o país se tornou um barco à deriva. A indicação, aprovada pelo Senado, de Alexandre de Moraes par uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal é um exemplo claro desse quadro. Moraes não tem isenção para exercer a função, pois, até poucos dias, era o ministro da Justiça do governo Temer. O Supremo Tribunal Federal, por sinal, vem se especializando em tomar atitudes vergonhosas. A mais recente foi blindar o ex-presidente José Sarney da ação da Operação Lava-Jato. A cada dia, várias notícias desastrosas, vindas do governo golpista, chega ao conhecimento da opinião pública. O estranho é que setores da população muito ativos nos protestos em favor do impeachment agora estão parados diante do caos que tomou conta do país. O Brasil caminha, aceleradamente, para o abismo. O desmonte do Estado brasileiro prossegue, sem que as pessoas reajam. O mês de outubro de 2018, quando ocorrerá a eleição para presidente, ainda está muito distante. O governo é ilegítimo e tem muito baixa popularidade. Não pode prosseguir. A melhor solução seria antecipar a eleição, convocando-a imediatamente. Porém, com um Supremo Tribunal Federal que colaborou com o golpe, a perspectiva de que isso aconteça é inexistente. O Brasil está sendo vítima de um conluio entre os setores mais reacionários de sua sociedade. Deter esse processo é imprescindível e inadiável.