domingo, 1 de janeiro de 2017

A posse dos prefeitos

Hoje foi o dia da posse dos prefeitos que foram eleitos em outubro de 2016. Não há nenhuma razão para entusiasmo com esse fato. Em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba os novos prefeitos representam o pior que a política brasileira produz. No Rio de Janeiro, quem assume é Marcelo Crivella, "bispo" da Igreja Universal do Reino de Deus. Nada pode ser pior que o obscurantismo dos evangélicos dirigindo a Cidade Maravilhosa. Em São Paulo, o prefeito que irá administrar pelos próximos quatro anos é João Doria Júnior, cujo discurso de campanha é de que ele não é um político. O novo prefeito de Porto Alegre, Nélson Marchezan Júnior, segue o receituário neoliberal de seu partido, o PSDB, que só gera mais crise e falta de perspectivas para a população. Rafael Greca, que irá administrar Curitiba, chegou a declarar que não gosta de cheiro de pobre. Com raras e honrosas exceções, o panorama nos diversos municípios do país não é muito melhor. A política no Brasil, atualmente, é marcada pelo desencanto. Os prefeitos que tomaram posse hoje não deverão colaborar em nada para que esse quadro se altere.