quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Repetição

Nada muda no Campeonato Gaúcho, em termos de arbitragem, a cada ano que passa, numa nauseante repetição. Ontem, pelo segundo jogo consecutivo, o Inter teve um pênalti inexistente marcado a seu favor. A diferença é que, dessa vez, o goleiro adversário defendeu a cobrança, impedindo a perpetração de uma injustiça inominável. Com isso, o Inter empatou em 0 x 0 com o Cruzeiro, no Vieirão. O Cruzeiro, que faz bela campanha no Gauchão, foi melhor do que o Inter em boa parte do jogo e não merecia perder. Não bastasse marcar um pênalti que só ele viu, o árbitro Anderson Farias ainda expulsou o jogador que supostamente o teria cometido, Laerte, o que torna a "falha" de arbitragem ainda mais revoltante. Em relação ao futebol que apresentou, o Inter, que só ganhou um jogo dos quatro que fez no Gauchão devido a um pênalti inexistente marcado contra o Novo Hamburgo, num"erro" escandaloso de arbitragem, mais uma vez, deixou seu torcedor preocupado. A estreia do Inter na Libertadores, será na terça-feira, contra o The Strongest (BOL), no Hernando Siles, e o time mostra-se muito longe de estar pronto. O técnico do Inter, Diego Aguirre ainda parece estar procurando a melhor escalação e o esquema mais adequado. Para agravar mais esse quadro, na Libertadores os árbitros não são tão bonzinhos e generosos como no Campeonato Estadual.

Descalabro

O Grêmio segue desafiando a paciência do seu apaixonado torcedor. Perdeu, ontem, por 1 x 0, para o Brasil, de Pelotas, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho. Foi a segunda derrota em quatro jogos no modestíssimo Gauchão. Para piorar, Marcelo Moreno fez seu último jogo pelo clube. Assim, o Grêmio, que tinha em seu time dois dos principais goleadores do Campeonato Brasileiro de 2014, Marcelo Moreno e Barcos, agora não tem nenhum. O discurso da diretoria segue inflexível em relação à necessidade de cortar custos. O gerente de futebol remunerado do clube, Rui Costa, chegou ao desplante de dizer que o Grêmio talvez só contrate reforços em junho! Essas declarações, absurdas e afrontosas à grandeza do Grêmio, são tidas como "realistas" e apoiadas por cronistas aberta ou veladamente identificados com o seu maior rival, o Inter. Afinal, desejam, de forma permanente, de que tudo o que haja de pior aconteça ao Grêmio. Porém, nenhuma política de futebol, por mais convicção que exista por parte de quem a aplique, sobrevive aos maus resultados de campo. A torcida, que, ontem, reagiu com bom humor ao descalabro que se abateu sobre o clube, portando uma faixa com os dizeres "Eu vim torcer, não me vendam", não terá paciência para sempre. Mais cedo do que se pensa, a política de "austeridade" do Grêmio terá de ser, ao menos em parte, alterada. Os resultados de campo são imperativos num clube de futebol, e derrotas em sequência desmancham qualquer convicção.