quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Estado mínimo

O que antes era apenas uma intenção da direita, vai ganhando forma aceleradamente. O estado mínimo, onde o cidadão é abandonado pelo poder público e entregue aos apetites vorazes do mercado, vai se desenhando ante a apatia de um eleitorado que, manipulado pelas forças retrógradas do país, caminha como um boi para o matadouro. O governo federal propõe que os jovens que venham a ingressar no mercado de trabalho não tenham direito a décimo-terceiro salário e férias. Alguns governos estaduais recorreram ao Supremo Tribunal Federal para reduzir a carga horária do funcionalismo público, com o intuito de pagar menos aos servidores. Paralelamente aos ataques ao bolso da parcela mais frágil da sociedade, os governantes de direita seguem dando anistias e incentivos fiscais aos grandes grupos econômicos e não lhes cobram os imensos valores sonegados aos cofres públicos. O Brasil se encaminha para um futuro de miséria e caos social. A resposta a esse quadro dantesco precisa ocorrer o quanto antes, e de forma enérgica. O que está em jogo é o futuro das próximas gerações. Não há privilégios a serem combatidos, como alegam os neoliberais. O que há são direitos duramente conquistados, que devem ser defendidos com unhas e dentes. As tão propagadas reformas em nada beneficiarão o país, só irão depauperar a população. A iníqua reforma trabalhista, com todo o seu quadro de horrores, foi aprovada no governo do ex-presidente golpista e ilegítimo Michel Temer, e já produz efeitos devastadores na vida dos trabalhadores. As forças de oposição precisam se mobilizar para impedir a aprovação das demais proposições dos democraticidas, especialmente a reforma previdenciária. O Brasil não pode cair no abismo da desintegração social que a concretização das reformas neoliberais irão, inevitavelmente, causar.