segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A mina de ouro do futebol

Paixão de multidões em todo o mundo, o futebol é, também, um grande negócio. Durante muitas décadas, sua força residia, basicamente, na América do Sul e Europa, sendo um tanto incipiente no restante do globo. A partir dos anos 70, espalhou-se, efetivamente, por todos os quadrantes, a ponto de, atualmente, a Fifa possuir mais países filiados do que a ONU. Nessa expansão contínua, novos eldorados do futebol vão surgindo ao longo do tempo. Depois do Japão, na década de 90, da Rússia, Ucrânia, China e Estados Unidos nos últimos anos, a bola da vez é a Índia. Zico, que já fora um dos propulsores do futebol no Japão, ainda como jogador, agora será técnico e gerente de futebol do Goa, um dos integrantes da novíssima Liga Indiana de Futebol. A exemplo do que fizeram os japoneses no início, os indianos estão contratando jogadores veteranos e famosos para atrair a atenção do público e solidificar o interesse pelo futebol no país. Nomes como Anelka e Del Piero já foram contratados por clubes indianos. Assim, mais um mercado se abre para jogadores, técnicos e demais profissionais do futebol. Há outros dados que demonstram a força magnetizante desse esporte. No Campeonato Alemão, que está apenas em suas rodadas iniciais, estádios tem lotado em quase todos os jogos. Na rodada do fim de semana passado, por exemplo, o jogo Bayern de Munique x Stuttgart teve um público de 71 mil pessoas. Borussia Dortmund x Freiburg teve 80 mil espectadores. Pelo Campeonato Brasileiro, no sábado retrasado, o jogo Flamengo x Grêmio, no Maracanã, foi assistido por 59 mil pessoas, mesmo público de São Paulo x Cruzeiro, ontem, no Morumbi. Outro fato que demonstra a força do futebol é a revelação de que a Rede Globo já vendeu todas as suas seis cotas para as coberturas desse esporte em 2015, a R$ 225 milhões cada uma, totalizando R$ 1,550 bilhão, o que contrasta com as notícias que davam conta de que o índice de audiência das transmissões de jogos, por exemplo, estariam em queda crescente. Ambev, Volkswagen, Johnson & Johnson e Itaú, renovaram suas cotas. A Coca-Cola saiu e foi substituída pelo Magazine Luíza. O futebol é uma paixão cada vez mais rentável, uma verdadeira mina de ouro.