quinta-feira, 9 de junho de 2022

A demofobia de Temer

Uma das figuras mais sórdidas da política brasileira. Assim pode ser definido o ex-presidente Michel Temer, que só chegou ao cargo por meio de um golpe espúrio, já que jamais seria capaz de eleger-se como cabeça de chapa. Tipo que age nas sombras, participando de conchavos de toda a ordem, Temer era o vice da presidente Dilma Rousseff, e não hesitou em participar do golpe que a retirou do poder. Sempre a serviço das elites e dos grandes grupos económicos, Temer defende propostas que ferem os interesses da maioria da população. Em entrevista ao programa "Conversa com Bial", da Rede Globo", Temer se mostrou favorável ao fim da reeleição, com um mandato presidencial único, de cinco ou seis anos de duração. A justificativa de Temer é a de que, em função da tentativa de reeleição, os governantes evitam tomar medidas "necessárias" e impopulares, como as reformas trabalhista e previdenciária, por exemplo. Tendo se tornado presidente por meio de um golpe, e sem intenção de buscar um novo mandato nas urnas, Temer se sentiu confortável para destruir as leis trabalhistas e acabar com a aposentadoria dos brasileiros. A demofobia de Temer também se expressa na defesa que faz do "semipresidencialismo", uma proposta que visa diminuir os poderes do presidente e aumentar o dos congressistas. O semipresidencialismo nada mais é do sue a tentativa de empurrar goela abaixo do povo brasileiro o parlamentarismo, sistema de governo que já foi rejeitado pelos eleitores duas vezes, por meio de plebiscitos. Dessa forma, as elites ficariam a salvo de um presidente comprometido com as causas populares, pois seria o parlamento, historicamente ocupado, em sua maioria, por profissionais da política, que ditaria os rumos do país. Porém, para o bem do Brasil, não há indícios de que as proposições de Temer venham a prosperar.