sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Virada

Foi divulgada, hoje, a primeira pesquisa do Ipec para o segundo turno da eleiçào para governador do Rio Grande do Sul. O levantamento aponta uma virada. No primeiro turno, Onyx Lorenzoni (PL), ficou em primeiro lugar, com 37,56% dos votos. Eduardo Leite (PSDB), foi o segundo colocado, com 26,81%. A pesquisa revelou que, para o segundo turno, Leite tem 50% das intenções de votos, e Onix 43%. Levando-se em conta, apenas, os votos válidos, Leite tem 54%, e Onyx está com 43%. O que explicaria essa alteração em tão poucos dias? Cabe lembrar que, nas pesquisas do primeiro turno, Leite liderava com folga sobre Onyx, que era o segundo. Abertas as urnas, Onyx ficou em primeiro, com quase 11% de vantagem sobre Leite, que foi para o segundo turno por uma diferença de 0,4% sobre Edegar Pretto (PT). Levando em conta todos esses dados, parece claro que muitos eleitores de Leite, convencidos pelas pesquisas de que seu candidato, certamente, estaria no segundo turno, votaram em Pretto, para que ele, e não Onyx, fosse o seu oponente. A lógica desse procedimento era a de que os eleitores de Leite julgavam Onyx um adversário mais difícil, por sua ligação com o presidente Jair Bolsonaro, que tem muitos apoiadores no Estado, do que Pretto, que carregava o peso do antipetismo. A "estratégia" dos eleitores quase deixou Leite fora do segundo turno. Porém, agora, as intenções de voto voltam aos índices verificados no primeiro turno, com Leite liderando. Sem o fator PT, as urnas tendem a confirmar, no segundo turno, o favoritismo que Leite sempre exerceu. A postura de Onyx na campanha de segundo turno, com ataques homofóbicos à Leite, e recusando-lhe um aperto de mão após um debate, hoje, na Rádio Gaúcha, não deverão lhe ajudar a obter uma reversão. Para o Rio Grande do Sul, dos males o menor. Leite já provou, em seu primeiro mandato, que está longe de ser o governador ideal, mas é preferível ao pesadelo que seria ter Onyx no cargo.