segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Valores absurdos

O futebol europeu segue pagando valores absurdos na aquisição de jogadores em seu mercado. O Barcelona acaba de contratar o meia brasileiro Philipe Coutinho,  que estava no Liverpool, por 160 milhões de euros. Esse valor equivale a 622 milhões de reais, e é o segundo maior já pago por um jogador. Só Neymar, que custou mais de 800 milhões de reais, ao sair do Barcelona para o Paris Saint Germain, foi mais caro. Convenhamos, nenhum jogador, por melhor que seja, justifica que se paguem quantias tão altas por sua aquisição. O mais grave é que os mesmos clubes europeus que, entre si, negociam jogadores por essas quantias estratosféricas, regateiam preços quando desejam fazer contratações fora do seu continente. O mesmo Barcelona que contratou Philipe Coutinho por um valor tão superlativo, não quer pagar 50 milhões de euros por Arthur, do Grêmio. O futebol europeu, claramente, virou um grande centro de lavagem de dinheiro, pois não pode haver outra justificativa para o pagamento de somas tão altas. Essa situação cria um desequilíbrio cada vez maior entre a Europa e os demais continentes no cenário do futebol. Só quem poderia fazer algo para modificar esse quadro é a Fifa, instituição responsável pelo futebol mundial, mas ela também só se preocupa em ganhar dinheiro. O futebol precisa revisar seus caminhos. O dinheiro não pode ser o único fator a preponderar no mais popular esporte do mundo.