domingo, 17 de maio de 2020

O prolongamento de uma agonia


  1. Está claro que o governo Jair Bolsonaro, em termos práticos, já acabou. Alguns aliados começam a pular do barco, como é o caso do empresário Paulo Marinho, um dos maiores entusiastas da campanha do ex-capitão e suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP). Marinho afirmou que Flávio foi alertado por um policial federal, cujo nome não revelou, sobre investigações envolvendo seu assessor, Fabrício Queiroz, que comprometiam sua família e que seriam concluídas durante o segundo turno das eleições, o que poderia prejudicar a candidatura de seu pai. Esse é um indício de que o barco bolsonarista já está fazendo água. Daqui por diante, outras denúncias desse tipo deverão surgir. Paralelamente a isso, as carreatas em favor de Bolsonaro, em Brasília, com a sua presença, continuam. O governo brasileiro está desmoralizado internacionalmente, e não tem mais nenhuma chance de recuperação. O fato de Bolsonaro ainda permanecer no cargo é o prolongamento de uma agonia. Os que permitem isso têm de ser considerados seus cúmplices no genocídio que ele está causando ao agir em desacordo com a ciência em relação à pandemia de coronavírus.