sexta-feira, 12 de junho de 2020

Genocida

O Brasil está entregue aos desvarios de um desequilibrado. A confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro é um genocida veio com a recomendação que fez aos seus apoiadores de que invadam hospitais para registrar que os leitos para pacientes de coronavírus não estariam lotados. O que está por trás do pedido de Bolsonaro é a ideia de que os números da doença estão sendo inflados com fins políticos. Tudo nessa atitude é aterrador. Um presidente ordenar a invasão de ambientes hospitalares é um ato dantesco. O acatamento dessa ordem por parte de fanáticos fundamentalistas é outro desatino. O argumento que embasa o pensamento de Bolsonaro é o de que pessoas que têm comorbidades morrem em função desse aspecto, já que são mais frágeis e não há tratamento para o coronavírus. A alegação é pífia, pois pessoas com comorbidades convivem com as mesmas durante décadas, mantendo-se vivas e ativas ao seguirem o devido tratamento médico. Portanto, se elas morrem ao contraírem o coronavírus, essa é a causa de seu falecimento, e não as doenças de que são portadoras. Afora isso, ao contrário de inflados, os números de infectados e mortos pelo coronavírus no Brasil são, claramente, muito inferiores aos reais, pelos poucos testes realizados e a consequente subnotificação. Porém, o mais assustador desse acontecimento é que Bolsonaro ainda esteja no cargo, o que lhe permite tomar decisões como essa. Ninguém que tenha um mínimo de sensatez consegue entender o que estão esperando as forças políticas às quais cabe encaminhar a deposição de Bolsonaro para tomar essa iniciativa.