quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Filme repetido

O Grêmio perdeu para o Cruzeiro por 1 x 0, hoje, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. O jogo foi um filme repetido, já decorado em cada uma das suas cenas em todos esses anos de fracassos. O time mostra-se aplicado, esforçado, consegue marcar com eficiência, e cria algumas chances claras de gol, invariavelmente não concretizadas, seja pela imperícia na conclusão ou por grandes defesas do goleiro adversário. Para culminar com esse roteiro já tão conhecido, uma falha infantil da defesa ocasiona a derrota no final do jogo. A velha frase "jogou como nunca, perdeu como sempre", mais uma vez, se aplica a uma partida do Grêmio. Os eternos otimistas exaltarão as chances criadas, os três "quase gols", dois de Dudu e um de Luan, lamentarão as grandes defesas do goleiro Fábio, dirão que faltou sorte e que a derrota foi injusta. Não foi. No segundo tempo, o Grêmio foi se recolhendo ao seu campo, cedendo espaço ao Cruzeiro, e o desfecho não poderia ser outro. Os fatos se repetem monotonamente. Novamente, a falha decisiva que proporcionou o gol causador da derrota foi de Pará. A reclamação, por parte de Rhodolfo, de que foi uma falha infantil, que não pode acontecer, também é uma repetição. Esse é o Grêmio do jejum de títulos, uma cansativa reprise de atuações esforçadas e fracassadas, erros cometidos pelos mesmos autores de sempre, e reclamações idênticas a cada novo revés. O pior é que, com exceção do pensamento mágico dos torcedores mais fanáticos, que sempre vislumbram novos e maravilhosos tempos, nada indica que essa desalentadora realidade do Grêmio vá se alterar num curto prazo.