quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Demofobia

Uma característica em comum pode ser claramente observada entre o presidente golpista e ilegítimo, o governador do Rio Grande do Sul e o prefeito de Porto Alegre. Todos são adeptos da demofobia, ou seja, tem horror ao povo. Sob o argumento, sempre sedutor para ouvidos de defensores do neoliberalismo, da responsabilidade fiscal e do corte de despesas, atacam de forma cruel os setores mais carentes e desassistidos da sociedade. O prefeito de Porto Alegre, Nélson Marchezan Júnior, um playboy mimado, filho do líder do governo militar na Câmara dos Deputados, parece empenhado a acabar com o Carnaval da cidade. Pelo segundo ano consecutivo, os desfiles das escolas de samba de Porto Alegre ocorrerão fora do período de realização do Carnaval. A prefeitura, desde 2017, ano em Marchezan Júnior tomou posse, cortou a ajuda oficial para os desfiles. Outra medida contra os interesses da parcela mais pobre da população foi a não abertura da piscina comunitária do Cecopam nesse verão, uma das quatro do gênero que funcionam na cidade para proporcionar lazer aos que não tem recursos financeiros para frequentar as praias nessa época do ano. O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o mais inepto e incompetente a exercer o cargo, em todos os tempos, desde o início de sua administração parcela salários de servidores públicos. Sua solução para os problemas financeiros do Estado é propor a venda de estatais, ou seja, transferir património público para mãos privadas. O presidente golpista e ilegítimo Michel Temer concedeu um aumento de pouco mais de 1% para o salário mínimo. Antes, havia realizado uma reforma trabalhista que só atende aos interesses da classe patronal. Temer também quer aprovar uma reforma da Previdência que praticamente irá negar aos brasileiros a possibilidade de se aposentarem. O que está por trás das ações de Temer, Sartori e Marchezan Júnior é a fidelidade aos seus financiadores, os grandes empresários. Suas medidas administrativas são a retribuição a quem sustentou financeiramente suas campanhas. O povo, nesse contexto, é mera massa de manobra, pronta a ser sacrificada para que a injustiça social se perpetue no país, e que os privilegiados de sempre não tenham os seus interesses ameaçados.