terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O fim do livro impresso

Vivemos numa época de aceleradas inovações tecnológicas. Somos surpreendidos, constantemente, pelo aparecimento de aparelhos cada vez mais sofisticados e com uma gama enorme de recursos. Tão veloz é esse processo que aquilo que é moderno hoje, poderá ser totalmente obsoleto meses depois. Mesmo para quem disponha de recursos financeiros, é difícil se manter atualizado tecnologicamente, tamanha a variedade de novos produtos que são colocados no mercado. Alguns deles são potencialmente revolucionários, como é o caso do e-book, o "livro eletrônico". Com sua disseminação, o livro impresso pode estar com os dias contados. Em vez de folhear as páginas de um livro impresso, passaríamos a ler o que estivesse gravado em uma tela. Não resta dúvida de que as pessoas, em sua maioria, adoram uma novidade. Sendo assim, o sucesso do e-book deverá ser crescente. Até porque, afora o charme da inovação, o livro eletrônico é ecologicamente mais correto, por dispensar o uso de papel, cuja fabricação implica na derrubada de árvores. Porém, mesmo sabendo de tudo isso, não acredito na extinção do livro impresso. A portabilidade e manuseabilidade de um livro de papel ainda não pode ser superada. Ele não depende de uma bateria que o faça funcionar. Não corre o risco de quebrar-se. Adapta-se às mais diversas situações de uso. O contato tátil com um livro impresso é uma sensação muito mais gratificante do que a de segurar uma tela entre as mãos. Não sou refratário às mudanças, pois sei que elas são inevitáveis. O e-book veio para ficar, e seu uso se tornará cada vez mais crescente. No entanto, irá conviver com o livro impresso. A história tem nos mostrado que os novos inventos não tiram de cena os mais antigos. Representam um acréscimo, não uma substituição. Com o e-book não será diferente.