quarta-feira, 20 de maio de 2020

Uma queda mais do que prevista

A atriz Regina Duarte foi demitida, pelo presidente Jair Bolsonaro, do cargo de secretária de Cultura. Essa era uma queda mais do que prevista, por todos. A ex-secretária teve direito a uma saída "honrosa", com a alegação de ter deixado o cargo para ficar próxima da família, em São Paulo, e recebendo o cargo de diretora da Cinemateca Brasileira, na capital paulista. Desde o início, a nomeação de Regina apontava para um total fracasso. Sem contar com o apoio da maioria da classe artística, e mostrando afinação com as ideias preconceituosas de Bolsonaro, Regina já foi mal no seu discurso de posse. Ao tentar definir o que era cultura, lançou mão de vários exemplos, entre eles o "pum do palhaço". A repercussão negativa foi enorme, com muitos comentários jocosos, como não poderia deixar de ser. Há poucos dias, Regina enterrou ainda mais a sua já desgastada imagem numa entrevista patética para a CNN em que debochou dos mortos pela ditadura, cantou a marchinha "Pra Frente Brasil", disse não querer carregar "cordéis de caixões", e teve um chilique diante da exibição de um vídeo com a atriz Maitê Proença, o que forçou o encerramento antecipado de seu questionamento pelo canal de tevê. O ator Mário Frias bolsonarista convicto, é o favorito para ocupar o lugar de Regina. Frias tem uma carreira obscura como ator, com poucos papéis de alguma relevância, mas sua fidelidade às ideias de Bolsonaro o colocam como o principal nome cogitado para ser o novo secretário. Afora as gafes e declarações absurdas de Regina, nada mais se soube que tenha sido feito pela atriz em seus breves 77 dias no cargo. Com Mário Frias, caso seu nome venha a ser confirmado, nada se poderá esperar de melhor.