sábado, 10 de julho de 2021

Derrota dolorosa

No futebol, a pior derrota é a que ocorre para o maior rival. Hoje, no Maracanâ, a Seleção Brasileira perdeu por 1 x 0 para a Argentina, na decisão da Copa América. Foi a primeira vez que a Seleção Brasileira perdeu essa competição dentro de casa. A conquista encerrou um jejum de 28 anos sem titulos da Argentina, desde 1993, quando foi campeã da mesma disputa. Messi ganhou seu primeiro título pela Argentina, e se mostrou extremamente emocionado. Neymar, em contrapartida, ficou abalado, chorando muito. Pior que a perda do título em si, é perceber que a Seleção, sob a orientação do técnico Tite, não demonstra evolução desde a Copa de 2018, na Rússia. Tite comete erros nas convocações, insiste com jogadores que não dão resposta, como Gabriel Jesus, que hoje estava suspenso, Roberto Firmino e Fred, enquanto relega ao banco nomes como Gabigol e Vinicius Júnior. Gérson sequer foi convocado, e deveria ser titular absoluto. Foi uma derrota dolorosa, e a teimosia de Tite, sua dificuldade em escalar os melhores, insistindo com seus preferidos, não aponta para uma perspectiva mais positiva.

Empate emblemático

A aflitiva situação de Grêmio e Inter no Campeonato Brasileiro foi bem caracterizada hoje. Grêmio e Inter empataram em 0 x 0, na Arena, num jogo de pouco futebol, e emoções também escassas. Embora houvesse quem acreditasse num jogo de muitos gols e em busca incessante pela vitória, de ambos os lados, essa expectativa não era razoável. A má atuação do Grêmio contra o Palmeiras, com uma leve melhora no segundo tempo, e a péssima exibição do Inter durante todo o jogo diante do São Paulo, não autorizavam a que se esperasse uma melhora substancial de ambos, apenas três dias depois. Foi um empate emblemático. O Gre-Nal foi tecnicamente fraco, com poucos destaques individuais. O técnico do Grêmio, Felipão, que estreava, surpreendeu positivamente na escalação ao colocar Fernando Henrique no meio de campo, mas decepcionou ao reaproveitar Bruno Cortez e Alisson, dois jogadores que já deveriam ter encerrado, há muito tempo, o seu ciclo no clube. Bruno Cortez, mais uma vez, foi comprometedor, e Alisson, uma nulidade absoluta. Gabriel Chapecó, com grandes defesas, e Kannemann, foram os destaques do Grêmio. Geromel e Douglas Costa tiveram desempenhos medianos. Os demais jogadores ficaram muito abaixo das expectativas. Fernando Henrique nào mostrou o que dele se esperava, Victor Bobsin ainda não justificou a sua titularidade, Ferreira voltou a ter uma apresentação opaca, Rafinha e Diego Souza, novamente, foram pouco produtivos. No Inter, Yuri Alberto foi o melhor, só não marcando gols devido às defesas de Gabriel Chapecó. Taison sentiu o ritmo do jogo e saiu no intervalo. Os demais jogadores pouco fizeram de relevante. Pelo que mostraram, Grêmio e Inter terão muita dificuldade para sair do atoleiro técnico em que se encontram.