segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Camisa cinza

Pela segunda vez em poucos anos, o Inter aderiu a uma prática do futebol europeu de lançar camisas sem as cores oficiais do clube. Depois de ter apresentado, há alguns anos, uma camisa em tom dourado, amplamente rejeitada por sua torcida, o Inter estreou ontem uma na cor cinza. O argumento dos defensores da iniciativa é de que se trata, apenas, do terceiro uniforme do clube, e que é preciso lançar camisas alternativas para obter um faturamento com suas vendas. Particularmente, não aceito tais justificativas. Naturalmente, todo clube precisa ter outras versões de camisa afora a principal, que lhe dá identidade. Porém, isso deve ser feito utilizando as cores oficiais do clube. Não faz sentido ver o Flamengo e o Santos jogando de azul, como já aconteceu algumas vezes. O Inter com uma camisa cinza, em seu estádio tomado pelo vermelho da sua torcida, como ocorreu ontem, é um contrassenso. O Grêmio, por exemplo, possui, atualmente, quatro diferentes uniformes, o que é um exagero, mas pelo menos todos eles se utilizam somente das cores do clube. O primeiro, é o tradicional tricolor, o segundo é branco, o terceiro é celeste, e o quarto, azul-marinho. O Inter poderia fazer o mesmo, usando variações com suas cores, vermelho e branco.  O cinza é uma cor totalmente contraindicada para uma camisa do Inter. Em primeiro lugar, por não ser uma das cores do clube. Como se isso já não bastasse, o cinza é uma cor fria e triste, em contraste com o quente e vibrante vermelho do uniforme principal do Inter. O futebol tornou-se um grande e milionário negócio, e é necessário faturar com a venda de camisas dos clubes, razão pela qual os uniformes recebem constantes remodelações, mas isso deve ser feito sem ferir a identidade da instituição.