quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Braços cruzados

Embora as pesquisas sinalizem uma vitória de Luís Inácio Lula da Silva na eleição presidencial de 2022, talvez no primeiro turno, não há razão para ser leniente com as ações absurdas do atual ocupante do cargo, Jair Bolsonsaro. O genocida não é uma carta fora do baralho, e ficar de braços cruzados diante de seus desmandos é uma atitude inaceitável, seja dos seus opositores ou do Poder Judiciário. Lula parece estar apostando todas as suas fichas em que Bolsonaro concorra na eleição, por isso, nunca apoiou a sua deposição. O Judiciário vê Bolsonaro praticar toda sorte de arbitrariedades e nada faz afora, eventualmente, rosnar com ameaças que não se transformam em medidas efetivas. O ex-capitào já interferiu, e admitiu isso publicamente, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), simplesmente porque o orgão contrariou os interesses de seu amigo e apoiador Luciano Hang, dono das Lojas Havan, e gabou-se de que, se for reeleito, terá 40% dos ministros do Supremo Tribunal Federal indicados por ele, Sabidamente, Bolsonaro e os tresloucados que lhe chamam de "mito" não terão limites na busca da reeleição. Deixar o barco correr e Bolsonaro concorrer novamente é uma atitude lesa-pátria. O Brasil não pode correr o risco de Bolsonaro ser reeleito. Lula e o PT erram ao preferir que Bolsonaro concorra normalmente, e a Justiça se limita a rosnar ameaças contra o sociopata, sem jamais as cumprir. Ainda há tempo de cessar com os malfeitos de Bolsonaro, depondo-o do cargo.