sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O último apaga a luz

O processo de desmanche do grupo de jogadores do Grêmio, em nome do enxugamento de gastos, prossegue. Depois de renovar contrato com Riveros por dois anos, o Grêmio acertou a ida do jogador para o Olímpia (PAR). Uma atitude incompreensível, num clube que caminha perigosamente para o apequenamento. Em vez de qualificar o time, o novo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, quer liderar um movimento pela volta do execrável mata-mata ao Campeonato Brasileiro, numa tentativa de ganhar competições favorecido por um espúrio formulismo. Uma confissão de pequenez, incompatível com um clube campeão do mundo. O Grêmio parece ter adotado a prática de que o último apaga a luz, tal é o volume de saída de jogadores. Em contrapartida, fez só duas contratações, Douglas, um quase ex-jogador, e o medíocre Marcelo Oliveira, vindo do Palmeiras, clube de péssima campanha em 2014. A ideia de que se possa fazer um time competitivo com tão pouco material humano qualificado, escorado apenas na aura de vencedor do técnico Felipão, beira a insanidade. Nenhuma estratégia de contenção de gastos justifica uma política de futebol tão pobre. Enquanto isso, o Inter, maior rival do Grêmio faz contratações de bom nível, como a de Nílton, do Cruzeiro, por exemplo. Com a postura que está adotando no futebol, o Grêmio irá afugentar o seu torcedor, o que agravará seus problemas financeiros. Resta ao torcedor do Grêmio esperar que o pior não aconteça, ou seja, um terceiro rebaixamento para a Segunda Divisão. Se isso for conseguido, já terá sido uma conquista. Mais do que isso, nem em sonho.