domingo, 1 de outubro de 2023

O calcanhar de Aquiles do campeonato

A atual edição do Campeonato Brasileiro apresenta vários pontos positivos, que se refletem em estadios cheios. Um dos pontos altos é que todos os 12 clubes grandes do país estão na competição, nenhum deles foi para a Segunda Divisão. Porém, um dado específico está manchando o Brasileirão. O "calcanhar de Aquiles" da disputa é a arbitragem. A cada rodada, erros grotescos de arbitragem influem diretamente em resultados de jogos, o que, num campeonato de pontos corridos, pode ser determinante para as posições finais dos clubes. Depois do pênalti escandaloso não marcado para o Grêmio no jogo contra o Corinthians, no Itaquerão, pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, nada melhorou na qualidade da arbitragem, e os erros continuam a ocorrer em profusão. Ontem, no jogo Fortaleza x Grêmio, no Castelão, dois pênaltis claríssimos, um para cada lado, só foram marcados após o VAR chamar o árbitro para verificar os lances no monitor. O árbitro Raphael Claus não havia marcado pênalti em nenhum dos lances. Também ontem, o Flamengo venceu o Bahia por 1 x 0, no Maracanã, beneficiado pela marcação de um pênalti inexistente pelo árbitro Sávio Pereira Sampaio. Hoje, o Santos abriu o placar da goleada de 4 x 1 sobre o Vasco, na Vila Belmiro, com um pênalti inexistente. O detalhe é que o árbitro Anderson Daronco não havia marcado a infração, mas foi chamado pelo VAR a verificar o lance no monitor. O árbitro, então, se deixou induzir pelo VAR, e marcou o pênalti. O VAR é um instrumento muito valioso para o futebol, mas não pode se omitir quando sua intervenção se faz obrigatória, nem, como no caso de Santos x Vasco, interferir desnecessariamente. O Campeonato Brasileiro vem mostrando boa qualidade, mas está sendo deslustrado pela péssima arbitragem.