sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

O cerco está se fechando

Uma operação da Polícia Federal que está revelando as entranhas da tentativa de golpe contra as eleições de 2022, escancara a podridão dos que ocuparam o poder no governo anterior. O cerco está se fechando sobre os golpistas, a partir das imagens de uma reunião, realizada em julho de 2022, na qual o então presidente, Jair Bolsonaro, e vários de seus auxiliares, tramavam abertamente um golpe contra o resultado das eleições. Bolsonaro estava convicto de que seria derrotado, e queria impedir a consumação do fato. O então ministro do Gabinete Institucional, general Augusto Heleno, propugnava que era preciso agir antes, porque depois não se conseguiria impedir a homologação do resultado das eleições. Outros dos presentes à reuniào se pronunciaram, sempre no mesmo sentido. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Diante das evidências da acão golpista, Moraes determinou que Bolsonaro entregasse seu passaporte, e que não falasse com os demais investigados, os quais são militares e ministros do seu governo. Em paralelo, o presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, foi preso por porte ilegal de arma. As medidas judiciais contra os golpistas, por certo, despertarão ainda mais a ira da direita contra o STF e Moraes. Não importa. A defesa da democracia e das instituições deve ser intransigente, não pode recuar em nenhuma hipótese. O coroamento dessa ação em defesa da democracia se dará no dia em que Bolsonaro for preso, pelos vários crimes que cometeu quando exerceu o poder.