terça-feira, 20 de outubro de 2015

Yoná Magalhães

O Brasil perdeu, hoje, Yoná Magalhães, uma atriz cuja história se confunde com a da própria televisão no país. Yoná, que faleceu aos 80 anos, tinha 60 de carreira. Destacou-se, também no cinema, tendo seu nome projetado ao integrar o elenco do filme, "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Gláuber Rocha. Na Globo, principal rede de televisão do país, ingressou no mesmo ano da inauguração, em 1965. No início de carreira, foi a heroína típica dos novelões românticos. Mais tarde fez muitos papéis que exploravam sua classe e elegância naturais. Porém, também soube dar vida ás personagens pobres. Sua longa trajetória profissional faz com que integre o seleto grupo dos que consolidaram a teledramaturgia no Brasil. Gente que trabalhou em produções ao vivo, em preto e branco, com muitas limitações técnicas, e que foi construindo sua carreira enquanto a tecnologia avançava de modo notável, consolidando as novelas como uma paixão nacional. Um grupo a que também pertencem atores e atrizes como Francisco Cuoco, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Regina Duarte, Arlete Sales, Lima Duarte, Natália Timberg, Nicete Bruno, todos ainda em atividade. A doença não permitiu que Yoná continuasse a fazer parte dessa seleta turma de talentos longevos, e a levou antes do tempo. Porém, seu trabalho ao longo de tantos anos já lhe assegurou um lugar no panteão dos grandes nomes da televisão brasileira.