sexta-feira, 3 de outubro de 2014

As mudanças na Fórmula 1

O dia de hoje foi marcado por notícias impactantes na Fórmula 1. Depois de seis anos na equipe, onde conquistou um tetracampeonato de 2010 a 2013, o alemão Sebastian Vettel está deixando a RBR, e, ainda que não haja a confirmação oficial, irá para a Ferrari, para o lugar do espanhol Fernando Alonso, que sairá da equipe italiana, pela qual não conquistou nenhum título. Vettel ainda tinha um ano de contrato com a RBR, que abriu mão do cumprimento do mesmo, de forma amigável. Com a saída de Vettel, o companheiro de equipe do australiano Daniel Ricciardo na equipe austríaca será o russo Daniil Kvyat, da STR. Por sua vez, Fernando Alonso deverá ir para a Mc Laren, onde já teve uma passagem anterior e saiu por conflitos com o piloto inglês Lewis Hamilton, atualmente na Mercedes. Com essas novidades, o Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2015 já se prenuncia como muito promissor. As Mercedes de Hamilton e do alemão Nico Rosberg, dominantes em 2014, deverão sofrer com a concorrência de Ricciardo, que já tem brilhado esse ano, de Vettel e Alonso em suas novas equipes e com o brasileiro Felipe Massa e o finlandês Valteri Bottas, da Williams, ambos de bom desempenho no atual campeonato. O equilíbrio, em 2015, deve ser bem maior do que em 2014, onde o título já está restrito aos pilotos da Mercedes. A dança das cadeiras começou antes do esperado, e já agita os bastidores da principal categoria do automobilismo mundial.

Os 40 anos de uma despedida

Na data de ontem, há 40 anos, Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, se despedia dos gramados. Ele retornaria, pelo New York Cosmos, prolongando por mais três anos a sua carreira, mas era uma experiência num futebol ainda incipiente e que teve êxito apenas parcial, pois o clube fechou alguns anos depois, e só agora está retomando suas atividades. Portanto, dentro do futebol de alto nível, a verdadeira despedida de Pelé se deu no dia 2 de outubro de 1974, no jogo Santos 2 x 0 Ponte Preta, numa Vila Belmiro lotada. Pelé estava com 34 anos. Aos 22 minutos do segundo tempo, Pelé se ajoelhou no gramado, e virou o corpo para os quatro lados do campo. O futebol nunca mais seria o mesmo, pois o melhor dentre todos os jogadores estava parando. Antes e depois de Pelé, o mundo assistiu jogadores espetaculares, como Puskas, Di Stéfano, Cruyff, Maradona, Messi. No entanto, nenhum se igualou a ele. Pelé poderia ter escolhido um amistoso festivo, num Maracanã lotado, para fazer sua despedida, mas isso ele já fizera quando do seu último jogo pela Seleção Brasileira, em 1971, contra a Iugolásvia. Era chegada a vez de sua despedida definitiva, e ela teria de ser no velho e acanhado estádio de seu Santos, pelo qual jogou durante a toda carreira. Lembro de ter ouvido o relato desse momento marcante pelo rádio, aos 12 anos de idade. Eu pude fruir os anos finais da carreira de Pelé, e sabia do enorme significado daquele fato. Naquela noite, na modesta Vila Belmiro, Pelé dava adeus aos gramados. O que faria a partir daí, pouco importa. Pelé adotou posições equivocadas, deu declarações desastradas, não teve o mesmo brilho fora dos campos. Porém, isso não é relevante. Ele é o maior de todos os tempos, e a data de ontem marca 40 anos de uma orfandade para todos os amantes do futebol. Sim, somos órfãos de um nível de excelência de futebol que só Pelé foi capaz de atingir. Desde então, vivemos uma profunda e irremediável saudade.