domingo, 6 de março de 2016

Mais uma chance desperdiçada

O Grêmio está há 15 anos sem um título de expressão, período no qual viu seu maior rival, o Inter, ganhar duas Libertadores e um Mundial de Clubes. Esse ciclo, no entanto, já poderia ter se encerrado, não fosse o fato de que o Grêmio tem falhado em situações decisivas. Os vice-campeonatos da Libertadores, em 2007, e do Campeonato Brasileiro, em 2008, são exemplos disso. Houvesse conquistado esses títulos, o Grêmio teria interrompido o seu jejum de taças de competições de grande expressão, e estabelecido uma outra relação na comparação com o Inter. Porém, o Grêmio tem, sistematicamente, deixado passar as oportunidades de impor grandes revezes ao seu maior adversário. Hoje, foi mais uma chance desperdiçada, nesse sentido. Num Gre-Nal que valia por duas competições, Campeonato Gaúcho e Copa Sul-Minas-Rio, a Arena teve batido o seu recorde de público, com mais de 48 mil pessoas no estádio. Se vencesse o jogo, o Grêmio abriria quatro pontos de vantagem sobre o Inter no campeonato estadual, e se classificaria para as semifinais da disputa interestadual. O resultado, no entanto, foi um empate de 0 x 0,  que manteve a diferença de um ponto sobre o Inter, no primeiro caso, e deixou o Grêmio, praticamente, eliminado, no segundo. O time escalado pelo Grêmio era o que ele dispunha de melhor, no momento, á exceção de um titular, e a torcida fez sua parte, estabelecendo o maior público da historia da Arena até aqui. Mais uma vez, contudo, o Grêmio não conseguiu se impor num momento decisivo, e ainda sofreu o prejuízo de perder, por lesão, a sua maior contratação de 2016, Bolanos, atingido deslealmente por William, do Inter, que não recebeu sequer um cartão amarelo. Diante de um adversário limitado e violento, que contou, novamente, com a complacência de um árbitro do Rio Grande do Sul, o Grêmio não conseguiu alcançar os objetivos a que se propunha na partida. Tem sido assim há 15 anos. Resta saber quando essa agonia irá acabar.