sexta-feira, 28 de junho de 2013

Cura gay

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Justiça e Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, desde que assumiu o cargo, esteve sempre envolvido em polêmicas. Sua mais recente e explosiva iniciativa foi o projeto da "cura gay", que visa permitir que psicólogos revertam, por meio de tratamento, a orientação homossexual. Como não poderia deixar de ser, o projeto recebeu uma saraivada de críticas e levou muitas pessoas às ruas para protestar. Depois de muitas manchetes e discussões a respeito, o próprio Feliciano reconhece que o projeto "já nasceu morto". Feliciano diz que o projeto foi aprovado na comissão, mas que sabe que ele jamais passará no Congresso. O deputado alega que o "lobby GLBT" e os protestos nas ruas influenciaram para que o projeto malograsse. Feliciano, que também é pastor evangélico, negou que tivesse dito que homossexualismo é doença, e sim um fenômeno comportamental, e acrescentou que não vai renunciar, pois representa aqueles que nele votaram. Em relação ao movimento GLBT, Feliciano entende que ele foi muito inteligente, por ter aproveitado o momento e entrado "no meio da multidão" dos que frequentam os protestos. "Eles pensam que é um clamor nacional, mas não é", declarou Feliciano, referindo-se à reprovação do projeto. Também a PEC 37, diz Feliciano, foi derrotada pelas manifestações populares, pois há 15 dias, ela estava aprovada". Como se percebe, Feliciano lamenta esses desfechos ditados pela pressão popular. Não deve ser o único do Congresso a fazê-lo. Nossos parlamentares, há muito tempo, se isolaram numa bolha. Agora, a realidade bateu-lhes à porta. Antes tarde do que nunca. Feliciano e seus pares ainda terão muito o que lamentar. Para o bem do país.