quinta-feira, 28 de maio de 2020

O bufão do cercadinho

O comportamento do presidente Jair Bolsonaro continua o mesmo. Sempre que se sente acuado, Bolsonaro parte para o ataque e faz ameaças veladas de que poderá agir de modo autoritário contra os demais poderes. Hoje, não foi diferente. Foi mais uma apresentação do quadro "O bufão do cercadinho", encenado diariamente no exíguo espaço em frente ao Palácio da Alvorada. Sempre tendo em vista a reação dos seus apoiadores, que invariavelmente se fazem presentes no local, Bolsonaro subiu o tom de voz e disse, referindo-se à operação da Polícia Federal, ontem, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, contra os disseminadores de fake news, que a situação chegou a um limite. O ex-capitão declarou que "ontem foi o último dia triste". A ameaça de uma ruptura institucional fica clara na fala de Bolsonaro, o que foi reforçado por uma afirmação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de que ela ocorrerá, inevitavelmente. O país não pode continuar refém dos humores de Bolsonaro e seus filhos meliantes. Antes que o Brasil seja jogado nessa anunciada ruptura, Bolsonaro terá de ser destituído. Só assim o país poderá recobrar sua paz, e colocar o enfrentamento à pandemia de coronavírus, que atinge um número de mortes cada vez mais alarmante, em primeiro lugar.