sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Perseguição sistemática

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva está vivenciando uma perseguição sistemática das forças conservadoras da política brasileira e dos setores da imprensa que as apoiam. O objetivo dessa ação é o de impedir, a qualquer preço, que Lula volte a ser presidente. Até mesmo a sugestão de implantação do parlamentarismo voltou a ser levantada, mesmo que o povo brasileiro, por meio de plebiscitos, tenha rejeitado essa hipótese por duas vezes. Por quê Lula desperta tanto ódio? Certamente não é, como poderiam alegar alguns incautos, por ter feito um governo supostamente corrupto. Se corrupção fosse motivo para impedir alguém de assumir o cargo, Michel Temer jamais teria se tornado presidente. O que, então, torna Lula tão insuportável para a direita brasileira? Primeiramente, sua popularidade, que é a maior de um presidente brasileiro em todos os tempos. Em segundo lugar, sua política de inclusão social e diminuição das desigualdades. A elite brasileira não quer ver pessoas vindas da classe C viajando de avião, é contra as cotas para negros nas universidades, não aceita os programas sociais e habitacionais que beneficiam os mais pobres, odeia o apoio dado aos segmentos oprimidos da população, como mulheres, índios e membros da comunidade LGBT. Lula representa o combate à injustiça social crônica do Brasil. O que leva os inimigos de Lula ao desespero é que quanto mais o perseguem, mais ele cresce, e se torna potencialmente imbatível numa eleição. Dessa forma, todas as medidas políticas casuísticas possíveis e imagináveis são lançadas contra Lula, com o único propósito de impedir que concorra a presidente novamente. O que atormenta os inimigos de Lula é que o ex-presidente sairá engrandecido de qualquer situação, pois se o prenderem será visto como vítima de uma conspiração, se o matarem, se tornará um mártir, e se vier a concorrer, ganhará a eleição. Vivo ou morto, livre ou preso, Lula sempre será maior que os seus algozes.