quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A expansão do consumo

Faltando menos de um mês para o Natal, o governo federal anunciou, hoje, medidas de incentivo ao consumo, com a redução de impostos sobre produtos da chamada "!linha branca" (máquinas de lavar, refrigeradores, fogões) e estímulos à concessão de crédito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, ao justificar as medidas adotadas, de que o brasileiro pode e deve continuar consumindo. Mantega rejeitou, também, qualquer semelhança entre as condições ecônomicas do Brasil e a dos países da Europa, onde o consumo está em queda e há alto índice de desemprego. A perspectiva, portanto, é de que tenhamos um Natal com grande volume de vendas no comércio. As palavras de Guido Mantega injetam confiança no futuro do país. Será, no entanto, que o panorama da economia brasileira é tão róseo assim? Na chamada "globalização econômica" é possível um país permanecer infenso à crise que se abate sobre o primeiro mundo? Não há dúvida de que, nos últimos anos, a economia brasileira fortaleceu-se e um grande número de pessoas ascendeu à classe média. Também é verdade que a criação de empregos no país vem ocorrendo em níveis muito bons. Tais fatos se refletem nas pesquisas que demonstram a satisfação dos brasileiros com o momento atual do país, sua confiança no futuro, e o grande índice de popularidade da presidente Dilma Roussef. Um quadro, portanto, bastante alentador, e muito diferente dos tempos de inflação galopante, consumo reprimido e desemprego em alta. Resta saber por quanto tempo o Brasil poderá ser uma ilha de prosperidade em meio à crise econômica da Europa que já resulta, no momento, num contingente de 16 milhões de desempregados. Tomara que as afirmações de Mantega estejam calcadas em fatores econômicos sólidos, que permitam a manutenção dessa situação favorável não só nos próximos meses, mas, de modo estável, por muitos anos.