terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Sem razões para entusiasmo

Os grandes clubes do futebol brasileiro já iniciaram, na semana em andamento, os seus trabalhos para 2022. Porém, a volta das atividades se dá sem razões para entusiasmo. O Flamengo manteve sua excelente base, mas não trouxe nenhum reforço significativo, e contratou um novo técnico, o português Paulo Sousa, que é uma incógnita. O reforço de maior repercussão do Fluminense é o volante Felipe Melo, de 38 anos. O Botafogo, de volta ao Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, pouco se reforçou, e está com seus olhos mais voltados para a transformação do clube em SAF, Sociedade Anônima do Futebol, a falsa solução sugerida pelo "mercado". O Vasco segue sua sina na Segunda Divisão. No futebol paulista, o Corinthians está confiante nos reforços que agregou em meados de 2021, e busca um centroavante para ser a cereja do bolo. O Palmeiras especula vários nomes, mas ainda não efetivou contratações. O Santos fez a aquisição mais significativa, até agora, a do meia Ricardo Goulart. O São Paulo foi quem mais contratou, sete jogadores, até agora, mas nenhum indiscutível. Em Minas Gerais, o Atlético Mineiro, de excelente campanha em 2021, perdeu seu técnico, Cuca, e um titular absoluto, o zagueiro Júnior Alonso. O Cruzeiro, mesmo vendido para Ronaldo Fenômeno e outros investidores, prossegue com seu calvário de muitas dívidas e jogadores de pouca qualidade. No outro grande centro do futebol brasileiro, o Grêmio também contratou vários reforços, como o São Paulo, mas, a exemplo do clube paulista, sem nomes de maior impacto, e terá que superar, mais uma vez, o drama da Segunda Divisão. Com um novo técnico, o uruguaio Alexander Medina, mas apenas um novo jogador contratado, o Inter mostra-se lento na sua necessária reformulação. Como se vê, é um panorama bem modesto, até aqui, o que espera os torcedores dos maiores clubes do país, no ano que está começando.