terça-feira, 19 de julho de 2011

A volta de um ídolo

Em meio à crise que se abate sobre o clube, o Inter anunciou, hoje, a volta de um de seus maiores ídolos. Fernandão, o nome de maior destaque do time nas campanhas dos títulos da Libertadores e do Mundial, em 2006, retorna ao Inter, não mais jogando, mas como gerente de futebol. Aos 33 anos, depois de ter rescindido seu contrato com o São Paulo por não ter conseguido um bom desempenho no clube paulista e se ver assolado por lesões, Fernandão ainda hesitava sobre se deveria parar de jogar. O convite do Inter para iniciar uma carreira como homem de integração entre a diretoria e o grupo de jogadores, ajudou-o a tomar a decisão. Fernandão deixa de ser jogador para exercer uma nova função no futebol. O curioso é que o convite para a nova atividade tenha partido do presidente do Inter, Giovanni Luigi, o mesmo que, quando assumiu como vice-presidente de futebol do clube, em 2007, foi solenemente ignorado por Fernandão e pelas demais lideranças do grupo de jogadores. Porém, como disse, certa vez, o ex-presidente do Grêmio, Rafael Bandeira dos Santos, o futebol é muito dinâmico. O fato é que Fernandão está de volta, para exercer um cargo no qual não teve nenhuma experiência anterior. Mais uma vez, como fez há pouco com Falcão, contratado para técnico depois de 15 anos afastado da atividade, o Inter parece buscar, com Fernandão, muito mais a parceria com o torcedor, trazendo um ídolo de volta ao clube, do que resultados práticos de sua atuação como gestor. É mais uma aposta. Só o tempo dirá se vai dar certo.

Uruguai é o primeiro finalista

O Uruguai é o primeiro finalista da Copa América. Venceu o Peru por 2 x 0 na noite de hoje e espera a definição de seu adversário na decisão da competição, que sairá do jogo Paraguai x Venezuela, amanhã à noite. A Copa América apresenta, até aqui, um fraquíssimo nível técnico e uma média de gols muito baixa, mas o Uruguai é um dos poucos pontos positivos da disputa. Isso porque, a campanha uruguaia na Copa América vem se somar ao 4º lugar obtido na Copa do Mundo de 2010 e ao vice-campeonato do Peñarol na Libertadores de 2011 como prova do renascimento do futebol do país. O Uruguai tem um passado de glórias no futebol, mas que estavam ficando cada vez mais distantes. Nas últimas duas décadas, o desempenho da seleção do Uruguai e dos dois principais clubes do país, Nacional e Peñarol, caiu muito. Com isso, o Uruguai passara de protagonista a mero coadjuvante nas competições internacionasis de clubes e seleções. Esse tempo, felizmente, parece ter acabado. O desempenho do Uruguai na Copa América reafirmou as qualidades da equipe verificadas na Copa de 2010. Diego Forlán, aos 31 anos, continua a mostrar o porquê de ter sido escolhido o melhor jogador da Copa do Mundo na África do Sul. Suárez, que marcou os dois gols da noite de hoje, confirma suas qualidades de atacante oportunista. Lugano, mesmo veterano, ainda é um grande zagueiro. Arévalo Rios é um volante muito eficiente. Mesmo com a ausência do atacante Cavani, de destacado desempenho pelo Nápoli no último campeonato italiano, o Uruguai manteve seu padrão na Copa América, eliminou uma das equipes favoritas, a Argentina, anfitriã da competição, e, caso ganhe o título, se tornará o maior vencedor da história da disputa, com 15 conquistas. Até o momento, Argentina e Uruguai estão empatados como maiores ganhadores da Copa América, com 14 títulos para cada um. O pequeno e simpático Uruguai, país de apenas 3 milhões de habitantes, metade dos quais concentram-se na capital, Montevidéu, volta a ter seu futebol no posto de destaque que lhe é de direito.