quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A queda sem fim de Mano Menezes

Algumas vezes o que parece ser a grande oportunidade de uma pessoa na vida, acaba se revelando um caminho para a frustração. Mano Menezes parece se enquadrar nesse caso. Ele é um bom técnico de futebol, e teve uma carreira de ascensão meteórica. Num espaço de apenas cinco anos, saiu do Caxias, um clube do interior do Rio Grande do Sul, para a Seleção Brasileira. Entre um e outro ponto, treinou duas potências do futebol brasileiro, Grêmio e Corinthians. Mano conquistou vários títulos pelos dois clubes e, com a recusa de Muricy Ramalho, aceitou ser o técnico da Seleção Brasileira, no lugar de Dunga, logo após a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Por incrível que pareça, aí começaram os problemas de Mano Menezes. O trabalho na Seleção se mostrava insatisfatório. Mano testava um número exagerado de jogadores, não firmava uma equipe. Justamente quando, após mais de dois anos no cargo, seu trabalho parecia começar a apresentar frutos, foi demitido. Colaboraram para isso a saída de Ricardo Teixeira do posto de presidente da CBF, e a perda, para o México, da medalha de ouro nas Olimpíadas de 2012. Teixeira fora quem o contratara e tinha como seu diretor Andrés Sanchez, presidente do Corinthians durante a passagem de Mano pelo clube. Em lugar de Teixeira assumiu o mais velho vice-presidente da CBF, José Maria Marin, que demitiu Mano, contratando Felipão para o seu lugar, e afastou, também, Andrés Sanchez. Inicialmente, Mano recusou propostas que lhe eram feitas, alegando querer ficar um tempo sem trabalhar e estar mirando a ideia de ser técnico no futebol europeu. Após um certo tempo, aceitou uma proposta do Flamengo. Seu período no clube, no entanto, foi um fracasso. Depois de alguns resultados insatisfatórios, pediu demissão após um jogo, no Maracanã, em que o Flamengo perdeu por 4 x 2, para o Atlético Paranaense, um jogo que estava ganhando por 2 x 0. Após a saída de Tite, foi recontratado pelo Corinthians. Seu trabalho está só começando, mas os dois resultados mais recentes, uma derrota para o modesto São Bernardo, por 1 x 0, e uma goleada, ontem, de 5 x 1 para o Santos, com direito a vários "olés", mostram que o técnico ainda não retomou o rumo de seu trabalho. A Seleção Brasileira era para ser o ápice de uma carreira em que o êxito chegou bastante rápido. Acabou sendo o início da queda de Mano Menezes. Uma queda que segue livre, sem que se enxergue o seu fim.