segunda-feira, 19 de março de 2012

O fim de uma novela patética

Com a assinatura de contrato entre o Inter e a construtora Andrade Gutierrez, na manhã de hoje, chegou ao final a patética novela da reforma do estádio Beira-Rio para a Copa do Mundo de 2014. Um enredo grotesco, marcado por um erro inicial que teimou-se em não corrigir. Esse erro, que acarretou toda a ópera bufa que se seguiu, foi a indicação do Beira-Rio para ser o estádio de Porto Alegre na Copa. Um tremendo equívoco! Indicou-se um estádio velho, que necessita de várias adaptações para se enquadrar nas exigências da Copa, em detrimento de um novíssimo, do Grêmio, inteiramente projetado dentro dos padrões da Fifa, que será inaugurado em novembro de 2012. Um estádio maior, moderno, mais confortável, foi deixado de lado em favor de outro que, à época da realização da Copa, terá completado 45 anos de sua inauguração! Como costuma acontecer no Brasil, o que menos se levou em conta em tal escolha foi o bom senso. Aspectos clubísticos, políticos, rivalidades provincianas, se sobrepuseram aos interesses maiores da cidade, do país, e, principalmente, da Copa. Em função da opção equivocada, Porto Alegre já perdeu a oportunidade de ser uma das sedes da Copa das Confederações, que se realizará em 2013. Se tudo der certo, a reforma do Beira-Rio será concluída até 31 de dezembro de 2013, apenas seis meses antes da Copa. O novo estádio do Grêmio, que será inaugurado em novembro desse ano, permitiria, caso escolhido, que até mesmo a Copa das Confederações tivesse jogos em Porto Alegre. Os argumentos em favor da escolha do Beira-Rio são todos inconsistentes e inconvincentes, variando do pífio ao ridículo. Com o desfecho de hoje, Porto Alegre e a Copa, certamente, foram lesadas. No episódio, como costuma acontecer no Brasil, alguns poucos ganharam, e quase todos perderam.