segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestações

Há poucos dias, abordei um assunto que ganhava corpo em todo o país, o das manifestações populares. Hoje, tenho de tornar a fazê-lo, pois nenhum outro fato foi mais relevante em todo o país, do que os protestos que tomaram as ruas de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte. No texto anterior, expressei minha ideia de que tais manifestações são próprias da democracia. Continuo pensando assim, mas vejo que protestos que são legítimos na sua proposição, estão servindo, também, para abrigar aqueles que, simplesmente, desejam promover a desordem, bem como para alimentar intenções desestabilizadoras e golpistas em relação ao governo federal, por parte da direita ressentida. Os movimentos de rua que tem se espalhado pelo país tem uma origem sincera e lutam por causas relevantes. Sua finalidade se perderá, no entanto, se forem desvirtuados por arruaceiros ou servirem de massa de manobra para uma oposição sem discurso e sem voto. Também é necessário que haja foco nas reivindicações. Protestar contra tudo e contra todos, num imenso balaio de causas, só serve para desacreditar um movimento legítimo e de saudável expressão de cidadania. Transformar o país numa praça de guerra, da mesma forma, não trará qualquer vantagem para ninguém, pois a depredação do patrimônio público é um tiro no próprio pé. As manifestações que crescem a cada dia pelo país devem ser um sinal do vigor de nossa democracia e não uma incitação à barbárie e à incivilidade.