sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O barateamento da energia elétrica

Numa medida incomum em se tratando de governos, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em rede nacional de rádio e televisão, na quarta-feira, a redução das tarifas de energia elétrica. O fato deveria ser saudado por todos, pois beneficia diretamente o bolso dos cidadãos, e por contrariar a tendência de onerar a população com cobranças e taxas de toda a ordem. Porém, a mesquinharia política falou mais alto. A oposição já está acusando Dilma de ter feito "uso eleitoral" da rede nacional de rádio e tevê. O nefando deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), vice-líder do DEM na Câmara dos Deputados, quer que seja analisada a viabilidade de Dilma ser obrigada a pagar pelos oito minutos de tempo utilizados em seu pronunciamento. Trata-se de uma demonstração de desespero de uma oposição sem propostas e sem discurso, diante de mais um ato de grande alcance social do governo. Por essas e por outras é que Luís Inácio Lula da Silva ficou oito anos no poder e Dilma vai pelo mesmo caminho. Seus governos apresentam muitos defeitos, mas tem uma inegável preocupação social. Como costuma acontecer com todos aqueles que defendem, unicamente, os interesses das elites, os opositores do atual governo tacham tais decisões de populistas. Para eles, governar implica em tomar medidas duras e impopulares "pelo bem do país", tirando de quem quase nada tem para encher ainda mais os cofres dos que muito possuem. Os defensores da candidatura a presidente do senador Aécio Neves (PSDB-MG), já gestionam, inclusive, a formação de uma equipe econômica com os Pedros Malans e Gustavos Francos da vida, que fazem a alegria dos empresários e o terror do cidadão comum. Não vão levar. Com suas medidas de amplo alcance social, os atuais detentores do poder ainda terão um longo período de governo, com índices altos de popularidade. Aos seus opositores restará, ainda por muito tempo, chorar e espernear.