quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Os excessos verbais de Bolsonaro

Depois de um período em que ficou, relativamente, contido, o presidente Jair Bolsonaro voltou a disparar a sua metralhadora de boçalidades. O ex-capitão, entre outras "perolas", saudou a suspensão do desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, e chamou de maricas os brasileiros que "exageram" as consequências da pandemia, pois todos vão morrer um dia. As declarações de Bolsonaro são, rotineiramente, grosseiras, vulgares, chulas, e desrespeitosas. Elas são o retrato fiel de quem as profere, um ser abjeto, truculento, estúpido, de baixa instrução e sem cultura. Muitos argumentam que as declarações disparatadas de Bolsonaro são uma tática diversionista para tirar o foco dos fracassos de seu governo, e das acusações que pesam contra seus filhos. Não importa. O país não pode aceitar passivamente os excessos verbais de Bolsonaro, nem tolerar o fato de ser governado por um tresloucado. Há fatos suficientes para embasar o seu impeachment, tanto que dezenas de pedidos nesse sentido estão sobre a mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ). Em vez de soltar notas de repúdio às declarações de Bolsonaro, Rodrigo Maia deveria dar andamento a pelo menos um de tantos pedidos. Notas de repúdio são mero exercício para marcar posição. O Brasil precisa de medidas práticas para se livrar de Bolsonaro.